quinta-feira, 13 de junho de 2013

Capítulo 12 - Parte 13

A maciez e umidade dos lábios de Beatriz acordaram Caio naquela manhã, ele abriu os olhos sonolentos e a viu completamente vestida, banhada, os cabelos presos em um rabo de cavalo e pronta para a academia.
- Hora de acordar, temos muitos golpes para treinar!
Caio sorriu, pegou a mão de Bia e a puxou sobre ele, prendendo-a entre seus braços.
Entre um beijo e outro, Bia tentava desvencilhar-se dele, mas Caio era forte demais, e quanto mais ela se debatia, rindo, mais ele a apertava.
 Quando mal podia respirar,  ela desistiu, ficando parada, praticamente imóvel, controlando a respiração, a cabeça apoiada sobre o peito dele, apenas escutando as batidas fortes e ritmadas do coração do homem que ela amava.
Caio então a soltou, segurou sua cabeça entre as mãos e a beijou intensamente, deixando Beatriz sem fôlego quando se afastou dela para vestir-se.
Quando Caio terminou de se vestir, ambos desceram até a cozinha, onde Marie já tinha posto a mesa para o café da manhã.
O casal sentou-se à mesa , Beatriz tomou uma xicara de café acompanhada de croissant, e Caio preferiu vitamina e torradas.
Após a refeição, seguiram para a academia, apesar de ser Domingo, o lugar era aberto, aos clientes que gostavam de treinar também aos fins de semana.
Cerca de duas horas depois, Caio e Beatriz já haviam retornado pra casa, estavam exaustos fisicamente mas muito animados devido aos exercícios. Beatriz conseguira imobilizar e golpear Caio algumas vezes durante a aula, o que o surpreendeu, pois ele era experiente e muito mais forte que ela.
Beatriz era, definitivamente, uma ótima aluna.
O almoço do casal, consistiu em sanduíches de Pastrami, que Marie preparou com muito capricho para os dois, que estavam atrasados para o trabalho.
No carro, a caminho do Cucina Dolce, durante uma conversa casual sobre os exercícios, Beatriz perguntou a caio:
- Caio, o que você vai fazer com relação ao Chef Tulio no trabalho, agora que sabe que ele é seu pai¿
- Vou agir como sempre, afinal ele é meu chefe, vou respeita-lo, dentro dos limites que uma relação patrão-empregado permite, e só. Fora dali, não pretendo ter contato com ele até conseguir organizar as ideias na minha cabeça.
Beatriz assentiu, concordando.
O Domingo e os dias que se seguiram durante a semana foram agitados e problemáticos no restaurante. Um funcionário adoeceu, precisando ser substituído as pressas por Beatriz na função que desempenhava.
Chef Tulio havia designado Caio para ajuda-lo no escritório na ausência de Bia naquela função, o rapaz não gostou, mas também não se opôs, ele dissera que ia manter o tom profissional no trabalho perante Chef Tulio e pretendia continuar a fazer isso.
Mas, quando Salvador, o fornecedor de legumes e temperos resolveu ter um ataque de histerismo ao telefone, pois novamente havia atrasado a entrega dos produtos, os dois se viram obrigados a chamar Beatriz para conversar com o colono, pois ela era a única que conseguia conversar de forma civilizada com ele, sem perder a linha.
Quando pegou o telefone das mãos de Caio, Beatriz respirou fundo, limpou a garganta e falou no tom mais afável que conseguiu.
- Bom dia, seu Salvador, aqui é a Chef Beatriz, como vai¿
A voz bronca e arrastada do outro lado da linha, murmurou algum xingamento baixinho e respondeu.
- Bom dia, dona Beatriz, eu gostaria de falar com aquele turrão do seu chefe italiano.
- Isso não vai ser possível seu Salvador, ele teve que ir resolver alguns problemas na cozinha, o senhor vai ter que resolver comigo mesmo.
Mais xingamentos murmurados e a voz rouca apareceu novamente.
- Muito bem então, vamos lá. O pedido que vocês fizeram é impossível de atender. Como eu vou mandar tantas caixas de batatas para aí se eu atendo outros 5 restaurantes e essa chuva que teimou em cair durante as ultimas semanas estragou mais da metade da minha produção¿
- Muito bem, seu Salvador, quem é o seu cliente mais antigo¿
- Vocês.
- Então, tenho plena certeza de que, se o senhor der prioridade aos clientes mais antigos, os demais irão atender sem problemas, além do mais, nós pagamos um valor bem acima do de mercado pelos legumes e temperos que compramos do senhor e eu sinceramente duvido que os demais clientes que o senhor possa ter sejam tão fiéis quanto nós.
Depois de ouvir alguns murmúrios indecifráveis do outro lado da linha, Beatriz respirou aliviada quando Salvador respondeu.
- Tudo bem, vocês podem vir aqui buscar o pedido, eu deixarei tudo pronto.
- Tudo bem então, estarei aí logo mais.
Beatriz desligou o telefone aliviada, não podia crer o quão difícil era lidar com seu Salvador, sorte a dela ter “argumentos” convincentes.
Mas ainda havia um problema.

Chef Tulio ainda tinha problemas descomunais para resolver o restaurante e Caio teria de substituir o funcionário que estava faltando, sendo que, Beatriz teria de ir sozinha buscar a encomenda, na fazenda de Salvador.

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Postando mais cedo hoje, pois à noite a vida de esposa-donadecasa-mãe clama por mim.
^^
Tradução: roupas para lavar e passar
até amanha!
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