domingo, 2 de junho de 2013

Capítulo 12 - Parte 5

- Eu também o amo – Foi o que Tulio escutou Alice dizer, sem fôlego, entre um beijo e outro.
Os dois estavam entregues aquele momento de paixão, como se quisessem recuperar todos os anos perdidos naqueles preciosos instantes dentro do carro.
Foram interrompidos por uma buzina, vinda de um carro atrás deles.
Alice e Tulio se assustaram, afastando-se por alguns instantes, a tempo de perceber que a estrada havia sido liberada e a fila de carros avançava lentamente.
Tulio ligou o Nissan e eles começaram a acompanhar o fluxo de carros.
Eles haviam perdido bastante tempo na fila, então decidiram parar em um hotel para pernoitar.
Acharam uma pousada numa cidadezinha que ficava há alguns quilômetros do ponto onde haviam ficado parados com o carro.
O lugar era pequeno e sossegado, uma típica cidade turística interiorana. Durante a volta que deram pela rua principal da cidade, em busca de algum lugar para pernoite, perceberam alguns locais que ofereciam café colonial, restaurantes com comida típica alemã e uma praça bastante chamativa, com diversas qualidades de arvores plantadas e bancos de madeira espalhados por todos os lados, proporcionando aos visitantes um bom lugar para descanso. Aos fundos dessa pracinha, havia uma caixa de areia grande, com escorregadores e balanças para as crianças.
Antes de irem para o hotel, Tulio e Alice pararam na praça, afim de conversarem um pouco mais sobre o passado.
- Quando você pretende contar para o Caio que eu sou o pai dele¿ - Tulio perguntou a Alice, enquanto andavam de mãos dadas entre as arvores distribuídas aleatoriamente pelo local.
Alice esperou alguns instantes para responder. Estava pensando sobreo assunto havia algum tempo, mas não havia chegado a nenhuma conclusão sobre isso.
- Eu não sei, eu pensei que talvez pudéssemos fazer isso juntos, se você concordar.
- Eu acho ótimo, gostaria de estar presente quando ele souber disso. – Tulio estava sério, mas sua voz transparecia calma e serenidade.
- Então está bem. Eu tenho que voltar para minha cidade para resolver alguns assuntos pendentes, tenho algumas palestras para dar na faculdade, mas assim que cumprir meus compromissos eu posso voltar à São Paulo para contarmos à ele, o que você acha¿
- Eu tenho uma contraproposta para fazer para você.
- Nós podemos voltar juntos para sua cidade, podemos usar esses dias em que você estiver ocupada para nos redescobrirmos e voltamos juntos para São Paulo, para dar a notícia ao nosso filho, o que você me diz¿
O rosto de Alice se iluminou, com um sorriso enorme, antes de ela  responder.
- Eu adorei a ideia, mas quero que você saiba que não vamos ter muito tempo, pois tenho que preparar minhas palestras e estudar algumas dissertações de alunos que estão sob minha tutela.
- Não tem problema, podemos conversar quando você tiver uma folguinha, eu também tenho alguns assuntos do restaurante para resolver e que me tomarão bastante tempo, mas quero muito passar algum tempo com você Alice, tenho coisas para contar. Coisas que eu deveria ter lhe dito há 26 anos atrás e por falta de coragem não disse.
- Bom, então, você gostaria de ficar na minha casa¿ - Alice perguntou timidamente e Tulio lhe respondeu com um sorriso feroz.
- Não imaginei que seria de outra forma.
Os dois já estavam voltando para o carro. Estavam cansados e precisavam comer alguma coisa.
A pousada em   se hospedaram era confortável. O quarto que eles escolheram tinha 2 ambientes. Uma suíte, com banheira de hidromassagem, uma cama grande de casal, feita com madeira de lei escura, coberta com lençóis e sobre lençóis de linho branco. Havia também uma sala, com bar e um sofá de couro num vermelho vinho . Em frente ao sofá havia uma televisão enorme pendurada na parede e  numa parede oposta no ambiente, havia uma lareira.
Assim que deixaram as malas no quarto, Tulio foi até o bar e abriu um vinho. Pegou duas taças de cristal e serviu-as, entregando uma delas a Alice logo em  seguida.
- Um brinde a nossa reaproximação e que desta vez, não tenhamos medo desse sentimento.
O tilintar das taças fez um agradável som reverberar no ambiente. Tulio e Alice tomaram o vinho em silêncio, olhando um para o outro e sorrindo com a promessa de uma noite de amor inesquecível aos dois.
Assim que o vinho que havia nas taças acabou, Tulio puxou Alice pela cintura para um beijo apaixonado.
Assim que suas bocas se encostaram, foi como se um descarga elétrica atravessasse seus corpos, indo de um ao outro, causando arrepios e um calor intenso nos dois.
Ambos estavam sem fôlego e extremamente excitados quando se afastaram, mas também estavam famintos.
Um de cada vez, eles tomaram banho e vestiram roupas limpas. Em seguida saíram em busca de um restaurante agradável e que oferecesse um bom jantar.
Não precisaram ir muito longe para achar um restaurante que chamou a atenção deles assim que avistaram a fachada colorida e convidativa do lugar.
O restaurante era aconchegante, assim que entraram foram recebidos por um rapaz muito bonito, vestindo um terno formal, que lhes conduziu, a pedido de Tulio para uma mesa reservada, mas ao fundo do restaurante.
Em seguida o rapaz voltou com o menu, que ofereceu a Tulio e Alice.
- Já decidiu o que vai querer¿
Tulio perguntou a Alice, após alguns minutos analisando o cardápio.
- Na verdade eu gostaria que você escolhesse. Me surpreenda Chef.
Tulio assentiu e em alguns minutos os pratos eram colocados em frente aos dois, o acompanhados de vinho tinto e uma suave música que saía das caixas de som espalhadas por todo o ambiente.
O Kassler (Bisteca de porco defumada e grelhada, chucrute e batatas cozidas com bacon) estava com uma aparência deliciosa, Alice e Tulio sentiram a boca encher-se de saliva com o aroma que vinha do prato.
Após uma refeição deliciosa, o casal voltou à pousada, estavam cansados e tinham assuntos pendentes para serem resolvidos na cama.

A noite acabou tarde, depois de Tulio e Alice fazerem amor apaixonadamente na bela cama do quarto que haviam escolhido, dormiram abraçados, sorrindo e com a certeza de que aquela história de amor agora teria uma bela continuação.
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Já estava com saudades de escrever pra vocês, ontem, no ônibus enquanto estávamos indo para Jaraguá, me peguei pensando nos personagens e nos desfechos que tenho bolado para o fim desse primeiro volume do Fascínio e fiquei realmente com saudades.
Essa história passou a ser uma parte de mim, coloco meus sentimentos em cada palavra que escrevo e não sei se vou conseguir me desapegar deste livro algum dia.
Obrigada a todos vocês que acompanham a história de Beatriz e Caio, sem vocês meus dias seriam mais tristes.
Beijos a todos.
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