terça-feira, 30 de abril de 2013

Capítulo 10 - Parte 9


Quando a pele dos seus dedos já estava enrugada devido ao contato com a agua, Caio e Beatriz decidiram sair da banheira.

Ela enrolou-se num roupão que estava dobrado sobre o móvel do banheiro e ele passou uma toalha branca ao redor da cintura.

Beatriz foi direto para a cozinha, procurar algo para comer e Caio foi até a cômoda no quarto para pegar uma cueca. Remexeu um pouco as gavetas e encontrou uma box preta, Calvin Klein. Vestiu a peça e foi para a cozinha atrás de Beatriz.

Beatriz estava parada, em frente a  geladeira aberta pensando  sobre o seu dia e todas as discussões que enfrentara e o desfecho de cada uma delas. Não percebeu Caio se aproximar sorrateiramente.

Ele agarrou-a pela cintura, colocando uma mão em cada lado do corpo de Bia, e puxou-a até ela estar presa em seus braços. A porta da geladeira fechou-se sozinha.

Caio começou a beijar-lhe o pescoço, passando a língua suavemente e causando em Bia arrepios. Lentamente foi desatando o nó do roupão, deixando-a com a parte da frente do corpo descoberta.

As mãos dele subiram da cintura para os seios dela e os apertaram suavemente.

Caio pousou as mãos nos ombros dela e a virou, para que ficasse de frente para ele.  Deslizou o roupão pelos ombros de Beatriz e a peça caiu suavemente ao redor dos pés dela, parecendo uma nuvem branca no chão.

Os olhos dele correram avidamente por todo o corpo de Beatriz. Caio lambeu os lábios e sorriu de forma avassaladora. Foi o que bastou para que ela começasse a sentir aquela sensação boa de calor entre as pernas.

Caio não resistiu ao impulso, agarrou-a pela cintura e grudou seus lábios aos dela, empurrando-a até encostarem na geladeira. Vidros e frascos bateram, mas eles não podiam ouvir, estavam envolvidos demais para se dar conta do que acontecia a sua volta.

Não perceberam Marie, que viera até a cozinha buscar um copo da agua e engasgou quando viu os dois atracados na porta da geladeira. Marie deu meia volta e caminhou até seu quarto sorrindo.

Caio apoiava as mãos na parte de trás das coxas de Beatriz, próximo as nádegas, apertando-as, enquanto ela segurava os braços dele.

Suas bocas consumiam uma a outra com uma voracidade invejável. Chupando, mordendo, passando a língua, transmitindo de um para outro todo o desejo que sentiam.

Beatriz não queria solta-lo, mas estava sentindo sua cabeça ficar leve, enevoada, suas mãos começaram a relaxar do lado dos braços de Caio e ele parou de beijá-la.

- Bia, tudo bem¿ - Caio estava preocupado. Ele não a soltou, pois temia que se o fizesse ela desmoronasse ali.

Beatriz estava com os olhos fechados e não respondia.

- Beatriz, fale comigo. – Caio aumentou um pouco o tom de voz.

Beatriz aos poucos abriu os olhos e sorriu.

- O que aconteceu, minha querida¿

- É que as vezes você é muito intenso, é difícil acompanhar seu ritmo. E eu estou muito cansada- Ela falou ainda sorrindo, levemente corada e um pouco encabulada.

- Me desculpe. Mas as vezes não consigo me controlar perto de você. Não tem ideia de como foi torturante ver você toda sexy dando ordens pra todo mundo hoje no restaurante. Tive que me segurar pra não arrastar você até o vestiário e possuir você ali.- Caio transmitia no olhar todo o desejo que sentia por Beatriz.

- É mesmo é¿ - Ela perguntou com uma sobrancelha erguida, um sorriso satisfeito nos lábios.

- Não acredita¿ Não dá pra ver o quanto desejo você¿ - Ele olhou o próprio membro, fazendo Bia seguir seu olhar. E lá estava ele, a encarando, em toda sua glória.

- É eu acredito. – Beatriz aproximou seus lábios dos dele. Começou provocando-o com a língua, passando-a suavemente pelos lábios de Caio, primeiro em cima, depois embaixo.

Começou a dar leves mordidinhas na boca do rapaz,  puxando os lábios dele com os dentes. Caio tinha os olhos fechados, as mãos apertavam com cada vez mais força a pele das coxas de Bia. Ela então colou seus lábios aos dele, a principio apenas os lábios se encostavam, explorando um ao outro, sentindo a maciez da pele e o desejo naquele gesto.

Aos poucos Caio tomou o controle da situação, penetrando a boca de Beatriz com sua língua persuasiva e muito, muito sedenta do contato com a dela.

Logo as duas duelavam, ora com carinho, em outros momentos de maneira selvagem.  Até que sem se afastar da boca de Beatriz Caio falou:

- Passa as pernas pela minha cintura.

Beatriz fez o que ele pediu e Caio a levou até o quarto, onde ficaram por um longo tempo naquela noite, melhorando o humor e se satisfazendo um do outro.
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Hoje tá curtinho, mas é o final do capitulo 10, amanha começo o 11
beijos amores
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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Capítulo 10 - Parte 8


Vitória estava trancada em um dos banheiros chorando, com as mãos no rosto. Os ombros chacoalhavam e as lagrimas escorriam por entre os seus dedos.

Chef Tulio havia sido efusivo com ela, muito duro e também rude. Aquilo tinha despedaçado o seu coração, pelo menos o que ela pensava ser o seu.

Assim que Beatriz saiu do escritório ele se levantou da sua cadeira, deu a volta na mesa e, com o dedo em riste muito próximo ao rosto dela disse, numa voz baixa e fria.

- Eu não quero saber das suas insinuações para cima de mim aqui, você me entendeu¿ Estou cansado desse seu joguinho de flerte. Eu não me interesso por você, nunca me interessei e jamais irá acontecer algo entre nós. A nossa relação é e sempre será estritamente profissional. E se isso não estiver de bom tamanho para você pode agora mesmo juntar suas coisas e sair do meu restaurante!

Ela imediatamente virou-se e saiu chorando porta afora, correu até o vestiário para juntar suas coisas, não queria ficar mais um segundo ali.

Quando entrou, batendo a porta na parede sem querer, viu o casalzinho num abraço carinhoso e sentiu inveja dos dois. Queria que Chef Tulio tivesse o mesmo carinho  por ela que Caio e Beatriz tinham um pelo outro.

Ver aquela cena de carinho, algo com que ela sempre desejara e nunca havia conseguido de seus pais e nem de ninguém fez seu coração ficar ainda mais apertado. Escancarando de vez sua ferida e a fazendo sangrar por dentro, como nunca antes havia acontecido.

Gritou para que os pombinhos fossem embora e ficou ali chorando por um longo tempo, até suas lágrimas secarem e não restar mais nada além de soluços que atravessavam seu peito doendo-lhe profundamente.

Assim que conseguiu se recompor, foi até o espelho, molhou o rosto e começou a esvaziar seu armário. Depois que havia conseguido colocar tudo dentro de uma bolsa que guardava ali, encaminhou-se para fora do Cucina Dolce sem olhar para trás, não queria lembrar do que tinha vivido ali, apesar de querer ver, muito em breve, Chef Tulio rastejando a seus pés, implorando perdão e pagando por toda a humilhação que a fizera sofrer.

Estava absorta em pensamentos andando de cabeça baixa e não viu o homem que se aproximava dela andando na direção oposta.

Eles se chocaram e Vitória quase caiu para trás, mas sentiu mãos firmes segurarem seus braços, impedindo-a de se estatelar no chão.

Ela ergueu o olhar e viu um homem um pouco mais velho que ela, mas não muito, a olhando intensamente, ficou um pouco constrangida e falou.

- M- me desculpe, eu não o vi e obrigada por me salvar.

- De nada, qual seu nome¿ - Ele tinha um sorriso misterioso nos lábios, um sorriso que não mostrava nenhum dente, um sorriso estranho, perturbado.

- E- eu me chamo Vitória, e você¿

- Meu nome é Daniel, você parece transtornada, aceitaria ir comigo até o bar mais em frente e tomar alguma coisa¿ Talvez eu possa ajudar.

- Vitoria hesitou, mas precisava sim de uma bebida e aquele estranho lhe pareceu um bom homem.

Ele deu o braço à Vitória e saíram caminhando pela rua, trocando amenidades e conhecendo mais de uma afinidades, entre elas um rancor excessivo de uma certa garota que trabalhava no restaurante italiano do qual ela acabara de ser demitida.

 

 Caio e Beatriz deixaram Vitória ali, chorando suas mágoas e foram ao estacionamento buscar a moto.

Beatriz estava física e emocionalmente esgotada, as discussões com Salvador, com Vitória, com Chef  Tulio e, mais tarde a cena na sala dela haviam sido a cota de emoção extra que ela não pedira pra seu dia, mas felizmente tudo tinha acabado e logo, ela estaria enroscada na cama com Caio, contando como havia sido seu dia e tentando extrair dele como havia sido o seu.

Quando chegaram em casa, estava tudo quieto, Marie provavelmente já estaria dormindo e os dois teriam a cozinha só para eles por alguns instantes.

Eles entraram e Beatriz deixou a bolsa sobre um aparador ao lado da porta de entrada, foi até uma das poltronas da sala e deixou seu corpo afundar sobre o couro macio que revestia o assento.

Caio colocou as chaves da moto dentro de um vasinho sobre o mesmo aparador e a seguiu, percebeu que Beatriz estava péssima, mas não sabia o quanto. Decidiu perguntar, talvez lhe oferecer uma massagem, até lhe preparar um banho de banheira (que eles ainda não haviam inaugurado).

Beatriz lhe contou como havia sido a discussão com Salvador, a ida com o carro do Chef Tulio para a fazenda e a diferença de tratamento quando Salvador os viu.

Caio, assim como Beatriz não entendeu o que havia acontecido com Salvador para que mudasse tão drasticamente seu comportamento com ela.

Ele já conhecia o colono de crises anteriores, ao que sabia, ele nunca cumpria as responsabilidades que devia e em mais de uma vez ele presenciou Chef Tulio perder a paciência com o homem ao telefone, de modo que passou a conhecer a fama do pobre coitado.

Enquanto Caio massageava os ombros de Beatriz, parado atrás dela, que continuava sentada na poltrona, ambos se perguntavam o que haveria acontecido entre Chef Tulio e Vitória depois de Beatriz sair e o que havia lhe causado aquela reação extrema. Estavam intrigados, mas não iriam comentar sobre aquilo, iria estragar a noite, que prometia ser muito boa.

- E então, quer se juntar a mim na banheira¿ - Caio perguntou com os lábios muito próximos da orelha dela, que sentiu o hálito quente dele em contato com sua pele e se arrepiou no mesmo instante.

- Não vejo nada que possa me agradar mais agora. – Ela havia deitado a cabeça de lado para dar a ele livre acesso ao seu pescoço, queria sentir os lábios quentes dele beijando sua pele, aquecendo-a, massageando-a e a fazendo esquecer o dia de merda que tivera.

Ele atendeu seu desejo sem pestanejar, apenas sorrindo para si mesmo. Beijou a pele delicada do pescoço de Beatriz com suavidade, passando a língua delicadamente, sentindo o gosto que ela tinha e a fazendo arrepiar-se.

- Acho bom nós irmos logo então – Ele parou de beijá-la, contornou a poltrona e estendeu a mão para que ela o acompanhasse até a suíte. Beatriz colocou sua mão sobre a de Caio sem hesitar.

Assim que chegaram no banheiro, ele acionou os jatos de agua, regulou a temperatura, adicionou algumas essências e sais de banho.

Aos poucos o vapor foi subindo e fazendo todo o ambiente rescindir a ervas.

Caio se aproximou de Beatriz e começou a despi-la lentamente, meias, tênis, calça, camiseta, roupas intimas. Aos poucos cada uma das peças foi se acumulando em um monte no chão do banheiro.

Assim que ela estava completamente nua, Caio a conduziu até a banheira. Beatriz aconchegou-se se encostando em uma das beiradas arredondadas, deixando-se afundar até que seu queixo encostasse na água repleta de espuma.

Caio rapidamente se despiu e entrou na banheira, se encostou num canto oposto e puxou Beatriz pelo braço delicadamente, até que ela ficasse encostada em seu peito.

Os dois ficaram na banheira por um longo tempo, aproveitando a companhia um do outro, cercados pelo aroma que  rescendia da agua do banho e pensando no futuro, no que estaria por vir e em tudo o que já haviam vivido juntos.
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Obrigada a todos que leem e acompanham.
Esse foi um dos melhores meses da minha vida
=o****
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domingo, 28 de abril de 2013

Capítulo 10 - Parte 7


Por alguns minutos Chef Tulio reviu todo o trajeto que fizera com Beatriz mentalmente, tentando descobrir onde havia acontecido aquele infortúnio.

Lembrou-se que perto da fazenda de Salvador, haviam muitas arvores que ficavam dentro dos terrenos, mas que os galhos acabavam caindo sobre a pista. Quando passou por um desses galhos escutou um barulhinho na lateral do Nissan mas não deu atenção. Agora estava lá xingando mentalmente aquele maldito colono turrão, pois se não fosse pela falta de interesse dele em cumprir o contrato que haviam firmado seu lindo (e agora profanado) Nissan não estaria daquela forma.

- Maldito Salvador! – esbravejou para si mesmo, passando as duas mãos pelos cabelos, frustrado.

Chef Tulio entrou no restaurante com passadas firmes, estava realmente muito bravo com o que havia acontecido com seu carro, logo no inicio do corredor que ia para seu escritório, deu de cara com Vitória, que, saía do banheiro, logo em frente.

Assim que ela o viu, abriu um sorriso sedutor, que todos sabiam ser sua melhor arma, tanto de ataque quanto de defesa, e naquele momento, Chef Tulio sabia que aquele era um sorriso de ataque. Um ataque feroz, lascivo e que jám o estava cansando pela frequência com que ocorria.

- Olá Chef, o senhor está bem¿ - Vitória falava num tom de voz enganadoramente suave. Pousando a mão no braço dele, que olhou o gesto com o canto do olhos, deixando transparecer sua raiva.

- Sim tudo bem Vitória, agora se me dá licença tenho muitas coisas para resolver. – Tulio disse as palavras com firmeza, tirando a mão dela de seu braço e se esquivando para o lado para passar por ela sem precisar tocá-la.

O atrevimento de Vitória era demasiadamente explicito. Ele sabia que ela era interesseira, pois já havia tido o desprazer de passar uma noite (nada agradável por sinal) na companhia dela em um jantar que ela o havia convidado para ir,na casa dos seus pais, assim que ela começou a trabalhar para ele no Cucina Dolce.

Ele havia passado a noite toda ouvindo a conversa fiada dos pais dela e da própria Vitória a respeito dos bens da família e quanto um bom partido teria que ter na conta bancaria para laçar a princesinha deles.

Vitória não era  feia, muito pelo contrário, era alta, cabelos lisos e tingidos de vermelho, pele branca, tinha muitas, muitas curvas, apesar de ter um corpo magro e adorava usar roupas curtas e provocantes e, infelizmente atirar-se pra cima dele. Isso o estava enfadando.

Foi até seu escritório entrou e trancou a porta com a chave, pensando em mais tarde chamar Vitória até sua sala e dizer a ela sem rodeios que parasse de dar em cima dele, ois do contrario seria forçado a demiti-la.

Vitória ficou no corredor, espantada com a reação grosseira do Chef Tulio para a pergunta quase inocente que ela havia feito à ele. Deu de ombros e voltou a cozinha, para aguentar mais algumas horas daquela criatura sem sal dando ordens em todos.

“O que será que o Caio viu nela¿” Perguntou-se antes de adentrar a cozinha e voltar a seu posto de trabalho.

Beatriz teve alguns problemas com Vitória durante seu dia no comando. Aquela ruiva fazia questão de desafia-la quaisquer que fossem as ordens que ela dava. Beatriz levou a situação muito bem, soube desviar dos ataques de Vitória e se impor quando foi preciso.

Num certo momento da noite, quando ela e Vitória mantinham uma discussão um tanto quanto acalorada a respeito do pedido de um cliente que estava atrasado, percebeu que Chef Tulio as observava de longe, balançando a cabeça em sinal de negação, fechando a cara e voltando para seu escritório.

Aquilo fez seu sangue gelar.

“Será que fiz algo errado¿” Pensou Beatriz assim que encerrada sua discussão com Vitória.

Tratou de esquecer aquilo pelo resto do expediente e procurar Chef Tulio antes de ir embora para saber se havia realmente feito algo que o desagradara.

Mas não foi preciso.

Quando o Cucina Dolce fechou as portas naquela noite e todos estavam no vestiário se trocando e conversando animadamente sobre o dia, as confusões e desentendimentos dos clientes e claro, falando mal de alguns deles, Chef Tulio entrou de maneira abrupta, olhou para Vitória e Beatriz com firmeza e disse, apontando para uma de cada vez.

- Você e você, no meu escritório, AGORA!- Ele estava ríspido como nenhuma delas já havia visto.

Todos se entreolharam e os olhos de Beatriz acharam nos de Caio consolo por alguns breves instantes. Ele se aproximou e sussurrou no ouvido dela.

- Você foi maravilhosa hoje, não há com o que se preocupar.

Ele a beijou na bochecha, Beatriz assentiu e seguiu Vitória para fora do vestiário, em direção ao escritório do Chef Tulio, rezando para que realmente não tivesse feito nada errado.

Quando chegaram a porta estava aberta, entraram e viram um Chef Tulio realmente frustrado sentado na cadeira do outro lado da mesa

Como ele não as pediu para que se sentassem, elas permaneceram em pé a frente dele. Tulio passou as mãos pelos cabelos mais 3 vezes, respirou fundo e começou a falar num tom de voz ameaçadoramente baixo.

- O que foi aquilo que eu presenciei lá na cozinha¿ Me expliquem!

- Um desentendimento como muitos outros que acontecem numa cozinha de restaurante durante o expediente Chef Tulio. Tínhamos opiniões diferentes a respeito do pedido de um cliente e discutimos para resolver o problema. – Beatriz falou primeiro, deixando Vitória com a cara amarrada.

- Não foi isso que eu quis dizer, você me entendeu muito bem. Eu quero saber porque você Vitória, estava contestando as ordens da Beatriz, sendo que ela era a chefe da cozinha hoje e você sabe que deve obedecer quem está nesse cargo. – os olhos dele faiscavam sobre Vitória, que imediatamente ficou mais vermelha que uma pimenta dedo de moça.

- Porque eu achei que ela estava errada! – Vitória resmungava como uma adolescente contrariada.

- E ela estava realmente errada¿ - Beatriz baixou o olhar para o chão para esconder o breve sorriso que ameaçou brotar de seus lábios diante da pergunta do Chef Tulio.

- Não! Ela estava certa. – Vitória cruzou os braços e quase fez bico.

Chef Tulio suspirou pesadamente, olhou de uma para a outra e falou para Vitória.

- Eu não quero que você desafie dessa forma nenhum dos sus colegas que estiver no comando novamente você me entendeu¿ - Chef Tulio tinha a voz grave, taciturna, realmente estava se segurando para não falar alguma besteira.

- Sim Chef. – Vitória respondeu baixando a cabeça e esfregando uma mão na outra.

- Agora quero que peça desculpas a Beatriz aqui na minha frente

 Os olhos de Vitória e Beatriz dispararam para Che Tulio e Beatriz apressou-se em falar.

- Não é necessário, ela reconheceu o erro e pra mim já basta.

- É necessário sim, ela te desafiou e tem que saber que quando um colega está no comando deve se subordinar a ele.

Chef Tulio estava firme em sua decisão e Vitória percebeu que não teria escapatória.

- Me desculpe Beatriz – A voz de Vitória era quase um sussurro, mas possível de se ouvir.

- Tudo bem – a voz de Beatriz soou um pouco tremula, estava profundamente incomodada com aquela situação.

- Agora você pode sair Beatriz e você Vitória, fique mais um pouco. – Chef Tulio falou apontando para porta e Beatriz soube que era melhor para ela sair logo dali.

Quando chegou novamente ao vestiário, Caio a estava esperando, ele se aproximou dela e a abraçou, preocupado.

- O que ele queria¿ - Caio perguntou enquanto a beijava no pescoço.

- Na verdade ele falou para a Vitória nunc mais desafiar um colega que estivesse no comando e a mandou pedir desculpas pra mim.- Beatriz falava calmamente, estava se deliciando com o toque suave dos lábios dele no seu pescoço.

- Isso é serio¿ Eu queria estar lá para ver essa cena. – Caio falou rindo no pescoço dela.

Foi nesse momento que escutaram um estrondo atrás deles. Era Vitória que havia entrado e batido a porta contra parede. Ela estava chorando.

Vitória passou pelos dois correndo, entrou em um dos banheiros e gritou:

- Vão embora!!

Caio e Beatriz se entreolharam, viraram as costas e saíram de mãos dadas em direção ao estacionamento.
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Está ai amooores desculpem mais uma vez por não ter postado ontem, mas realmente não estava em condições de raciocinar direito.
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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Capítulo 10 - Parte 6


O Nissan 370 Z preto era o xodó do Chef Tulio, ele jamais colocaria o carro com o qual havia gastado alguns anos de economia numa estrada de chão, mas foi surpreendido ao se escutar falando para Beatriz que iria leva-la até a fazenda daquele bronco do Salvador.

Arrependeu-se de imediato, mas agora já havia falado e não iria voltar atrás. Talvez esse passeio tivesse suas vantagens, poderia ficar sozinho com ela por alguns momentos.

Ele saiu da garagem do Cucina Dolce manobrando lentamente seu Nissan, já teria que enfrentar a estrada de chão, não suportaria um arranhão na lataria do carro também, pois a quantidade de pilastras de sustentação que haviam naquele estacionamento era algo impressionante.

Seguiram em silencio até  chegarem a bifurcação no caminho, que os levaria a fazenda de Salvador e para sofrimento de Tulio, pela estrada de chão.

- Merda! – Beatriz ouviu o Chef ao seu lado resmungar ao passar pelo primeiro de muitos buracos que haviam já no começo daquela estradinha.

- O senhor não deveria ter vindo com o seu carro, eu poderia muito bem ter vindo de táxi.

- Eu sei, mas eu quis trazer você, eu a estou avaliando e preciso saber como vai conduzir a negociação com ele quando chegar lá, porque se bem conheço aquele velho resmungão ele vai ter alguma carta na manga.- Chef Tulio estava irritado, e aquilo transparecia na sua voz, ele mal conseguia se conter, pensando em todas as marcas que aquela maldita estrada estava deixando no seu carro.

- Está certo então. – Beatriz baixou a voz quase a um sussurro, direcionou o olhar para a janela do veiculo e não pronunciou palavra alguma até chegarem ao seu destino. Havia repassado mentalmente a conversa com Salvador e havia se munido de toda a força interior que conseguira acumular no trajeto entre o restaurante e a fazenda.

Chef Tulio estacionou o carro na entrada do lugar, diante da porteira, não queria correr o risco de não conseguir tirar seu carro dali caso atolasse em algum lamaçal.

Saltaram do Nissan e passaram pela porteira, caminharam lado a lado por cerca de 500 metros, até avistarem a sede da fazenda.

Havia uma casa grande, com dois andares, feita com tijolos maciços pintados com cal, o que dava uma tonalidade branco-amarelado as paredes externas. As portas antigas eram escuras, provavelmente de madeira de lei e logo acima da janela mais alta da casa, onde deveria ser o sótão, via-se a inscrição com a data de construção do lugar: 1926.

Ao lado da casa grande e antiga havia um celeiro, todo feito em madeira. O celeiro tinha grandes portas que ocupavam quase toda sua parte frontal. Não era pintado, mas podia-se ver que a parte exterior estava recoberta por uma fina camada de verniz.

Haviam 2 tratores ao lado do celeiro, um deles estava preso à um arado, o outro à uma carretinha, onde haviam várias ferramentas e sacos, que Beatriz percebeu serem de adubo, assim que se aproximaram um pouco mais do lugar e ela sentiu o cheiro que provinha dali.

Avistaram um homem pequeno, com cerca de 60 anos saindo de dentro do celeiro. Ele tinha cabelos grisalhos escondidos embaixo de um chapéu de palha com abas imensamente largas, vestia uma camisa cinza surrada, calça social que escorregava da cintura, vindo parar quase no meio da nádega, que ficava com um pedaço à mostra e também sandálias com tiras de couro entrelaçadas.

Beatriz fitava o homem enquanto ele se aproximava com uma expressão fechada. Ela imaginou que aquele deveria ser Salvador. Tulio estava ao seu lado, esperando que o homem se aproximasse mais. Não se moveram com medo que ele pensasse que estavam invadindo seu território. Se ele quisesse, os convidaria para conhecer o lugar, se não, pegariam o que tinham vindo buscar e iriam embora.

Ao chegar mais perto deles, Salvador reconheceu o Chef Tulio, aquele italiano que ele não suportava. Mas ele não estava preparado para vislumbrar Beatriz. Ela imediatamente o lembrou da sua irmã mais nova, que havia morrido quando ainda jovem, há muitos anos atrás, quando contraiu meningite. Essa semelhança entre as duas o desarmou completamente.

Os 20 minutos que se seguiram foram de muita conversa, ele os levou para dar uma volta rápida pelo celeiro, mostrou como estocava os alimentos e entregou-lhes a encomenda que haviam ido buscar.

Assim que colocaram as caixas com os produtos no carro, despediram-se de Salvador, e foram embora.

Chef Tulio tinha prometido a si mesmo que não seria grosso novamente com Beatriz no caminho de volta ao restaurante, queria conversar com ela, saber um pouco mais sobre aquela garota que o fascinava.

Logo no começo do trajeto de volta ele começou a conversar com ela.

- Nossa isso foi realmente inesperado. Eu achei que o Salvador ia expulsar a gente de lá com uma espingarda na mão.- ele disse e sorriu erguendo o canto dos lábios.

Beatriz sorriu também e completou:

- Eu também achei estranho, ele estava muito diferente do que quando falei com ele ao telefone, estava tão..- ela tentou achar uma palavra que descrevesse o que estava pensando a respeito do comportamento de Salvador-

- Ele estava muito gentil, como se fossemos conhecidos, ou parentes não sei, achei muito estranho.

- É eu também pensei isso. Mas fico feliz que tenha dado tudo certo. – Tulio estava realmente impressionado com o desempenho de Beatriz e tinha certeza que ela daria uma ótima chefe para sua cozinha. Mas Caio ainda não havia tido sua oportunidade, nem Vitória, que sabia sim ser muito perigosa.

- Beatriz eu queria lhe dizer uma coisa e eu não quero que me leve a mal.- Ela o olhou por alguns instantes intrigada. Ele tinha uma expressão ansiosa no rosto, como se estivesse lutando para esconder alguma coisa.

- Eu queria dizer que eu fiquei feliz por você e pelo Caio, considero ele como um filho, mas quero que tome cuidado.- Ele parecia estar escolhendo as palavras, com medo de dizer algo que se arrependeria depois.

- Tomar cuidado com o que¿ - Beatriz soou um pouco ríspida, mas não conseguiu conter aquela exclamação.

- Tomar cuidado para não se envolver demais. O Caio nunca se apaixonou de verdade por mulher nenhuma e eu não quero que você saia machucada Beatriz, você é boa e eu não conseguiria perdoá-lo se ele te magoasse.- Chef Tulio tinha os olhos fixos na estrada, queria evitar os olhos azuis brilhantes dela, com medo do que poderia encontrar se os fitasse naquele momento.

- Com todo o respeito Chef Tulio, esse assunto é entre mim e o Caio. Acho que sou adulta o suficiente para decidir o quanto me envolver com alguém e não quero que o senhor e nem ninguém se intrometam no que estamos vivendo. Não acredito que ele vá me magoar, mas se acontecer, não vai ser o fim do mundo, Chef Tulio, já passei por coisas muito piores na vida e mais uma cicatriz não irá me matar.

Tulio ficou intrigado com o que ela disse, o que será que ela havia sofrido no passado, para machucar tanto quanto ela falava¿ Milhares de respostas cruzaram sua mente, mas nenhuma pareceu satisfatória.

- Me desculpe, não quero me intrometer, só quero que todos fiquem bem, afinal, o bom andamento do Cucina Dolce também depende do humor dos meus funcionários.

Ele achou que seria melhor dar alguma desculpa que envolvesse o restaurante, pois sabia que se falasse o quanto se importava com ela iria gerar desconfianças e ele não suportaria que ela se afastasse.

Logo chegaram ao restaurante, não haviam mais tocado no assunto e ambos acharam melhor assim.

As verduras foram descarregadas do Nissan e assim que Beatriz entrou no Cucina Dolce carregando uma ultima sacola com temperos, Tulio rapidamente foi conferir se havia alguma marca em seu precioso carro.

- Merda! – Foi o que ele disse, assim que avistou o risco, que ia de um lado a outro de sua porta, estragando a linda imagem do seu xodó.
 
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Aiii pessoal a parte de hoje.
Espero que gostem
beijos a quem lê
=o***
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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Capítulo 10 - Parte 5


Beatriz estava conferindo as planilhas de pedidos e entregas quando percebeu que o estoque estava desfalcado.

Estavam faltando legumes, verduras e temperos, que deveriam ter sido entregues logo cedo pela manhã e ainda não haviam chegado.

Ela foi até o escritório do Chef Tulio e pediu a ele o telefone do fornecedor, ele pegou sua agenda e procurou por alguns instantes, até encontrar o telefone que ela precisava. Beatriz sentou-se na cadeira em frente á dele, pegou o telefone e discou o número que Chef Tulio havia lhe dado.

Chef Tulio sabia do problema com aquele fornecedor e havia escolhido Beatriz para comandar a cozinha naquele dia porque queria testar a habilidade de negociação dela.

Aquele era de longe o parceiro mais difícil que Tulio tinha no restaurante, era um senhor bronco, grosseiro, que atrasava os pedidos e sempre queria ter a ultima palavra sobre tudo.

Chef Tulio ficou admirado com a firmeza de Beatriz ao entrar em sua sala e pedir o numero de contato do homem, que com certeza a trataria mal ao telefone, como muitas vezes fazia com ele também.

Ele não se moveu do seu lugar no escritório, queria ver como ela iria lidar com a situação, se demostraria fraqueza ou seria profissional o suficiente para não se deixar abater por aquele homem rústico que fazia as entregas.

Beatriz esperou alguns instantes, e no terceiro toque do telefone uma voz rouca e cheia de sotaque interiorano atendeu.

- Que foi Túlio! Se vier me encher o saco por causa dos legumes nem começa! Estou com muitos problemas com a colheita. Meu pessoal está desfalcado e não vou poder fazer sua entrega!

O homem cuspiu as palavras em Beatriz, que por um segundo pensou em desligar o telefone e sair correndo dali.

- O-oi, aqui não é o Chef Tulio, meu nome é Beatriz e estou encarregada de garantir que essa entrega chegue até nós hoje. Com quem eu falo¿

- Eu sou o Salvador.

- Então bom dia seu Salvador. – Ela não esperou pela resposta dele, desandou a falar.

- Seu Salvador, nós estamos em um impasse. O senhor está me dizendo que não vai fazer a entrega, mas a planilha que tenho em mãos, diz que o senhor deveria ter entregue aqui hoje mais cedo alguns intens. Vou le-los e o senhor diz se a lista que eu tenho está correta.

- 10 kg de cebolas;

- 10 kg de tomates;

- 20 maços de agrião;

- 20 cabeças de alface;

- 20 kg de batata inglesa;

- 20 maços de salsinha;

- 20 maços de cebolinha verde;

- 5 maços de folhas de manjericão;

- Está correto¿- Beatriz tinha a voz firme, Chef Tulio estava ligeiramente impressionado, mas não deixava transparecer nada.

- Sim, é isso aí mesmo. – Salvador tinha a voz inexpressiva.

- Bom, então que quero saber se o senhor tem esses itens a disposição em estoque.

- Não tenho tudo, e não posso abandonar minha propriedade, o meu encarregado não veio e não posso deixar os outros sem supervisão.

- Então seu Salvador, o senhor vai até o seu vizinho que até onde eu sei também vende alguns desses itens e compre o que falta dele. Em 30 minutos eu estarei ai para buscar o que falta e quero que esteja tudo pronto.

- Eu não vou pedir nada ao meu vizinho! -  Chef Tulio escutava o colono gritar do outro lado da linha e viu Beatriz afastar levemente o telefone do ouvido.

- Bom então dentro de meia hora estarei  com o advogado do Cucina Dolce, discutindo o processo que iremos mover contra o senhor pela quebra de contrato..

Chef Tulio Levantou-se correndo, pegou o contrato no arquivo que ficava atrás de sua mesa e tirou de lá o contrato, achou a clausula que falava sobre a quebra do acordo e mostrou a Beatriz.

Ela sorriu para ele, correu os olhos pelo papel e continuou a falar.

- Pelo que eu estou lendo aqui seu Salvador, a multa prevista pela quebra desse contrato obrigaria o senhor a vender uma boa parte do equipamento e maquinário que o senhor deve ter ai na sua fazenda e eu sinceramente duvido muito que um processo movido pelo Cucina Dolce estimularia novos clientes a procurarem os seus serviços.

- Está certo, passe aqui em meia hora que sua entrega estará pronta.

- Então até logo

Beatiz desligou o telefone, respirou fundo e sorriu mostrando todos os dentes.

Chef Tulio a olhava boquiaberto, ela havia mostrado muito pulso, mais até do que ele mesmo quando conversava com aquele colono irritante.

- Chef Tulio, eu vou chamar um táxi e vou lá buscar o pedido.- Ela o olhava como se pedisse permissão. Ele meneou a cabeça em negativa.

- Taxi não, vamos juntos no meu carro, será mais rápido e o pessoal da cozinha deve estar precisando desses ingredientes, quanto antes chegarem aqui, melhor.

Beatriz assentiu, Chef Tulio saiu e ela o seguiu, passaram na cozinha e avisaram Ana onde estavam indo e o que iriam fazer, pegaram o carro do Chef  na garagem e saíram.
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Postando antes hoje, talvez a noite role mais um.
beijos queridos
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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Capítulo 10 - Parte 4


Depois de 20 minutos na moto, chegaram ao Cucina Dolce. Sabiam que, a partir do momento que chegassem juntos de algum lugar que não era o prédio onde viviam e ainda por cima de moto, teriam de se explicar aos colegas, mas primeiro iriam falar com Chef Tulio.

Contariam a ele que moravam juntos e que não deixariam a sua relação interferir no trabalho e na competição que estava acontecendo pelo cargo de chefe da cozinha

Assim que Caio entregou a chave da moto ao manobrista, segurou a mão de Beatriz e entraram juntos no restaurante. Olhares curiosos foram direcionados à eles durante todo o caminho até o escritório do dono do Cucina Dolce.

Caio bateu na porta duas vezes e ambos ficaram esperando alguns momentos até que ouviram o Chef Tulio resmungar do outro lado:

- Entra! – Pelo tom de voz que ele tinha, Caio e Beatriz perceberam que ele estava com algum problema.

- Com licença Chef Tulio, nós queríamos conversar com você. É importante. – Caio disse e conduziu Beatriz para dentro do escritório

Eles entraram de mãos dadas e os olhos do Chef Tulio percorreram o rosto de Caio, o de Beatriz e logo focalizaram as mãos unidas. Tulio sentiu falta de ar.

Ele já sabia que eles haviam estado juntos quando os funcionários resolveram sair para uma boate há alguns dias, mas jamais imaginaria que ainda durasse.

Caio era como ele, nunca se envolvia demais com ninguém, Chef Tulio ficou chocado e aborrecido, tinha esperanças de poder conversar com Beatriz sobre o que sentia.

Respirou e tentou organizar as ideias, esconder o que estava sentindo, afinal jamais iria querer tomar a namorada (ou seja lá o que ela fosse) do seu filho, teria que se contentar em apenas sonhar com ela (o que andava acontecendo com uma frequência assustadora).

- Então, sentem-se e podem começar a falar.- Ele apontou duas poltronas que ficavam em frente á sua, do outro lado da mesa do escritório e sorriu.

Caio olhou para Beatriz e sorriu, depois correu os olhos em direção ao homem parado à sua frente, respirou e começou a falar.

- Bem, o senhor já deve ter escutado a fofoca que saiu aqui no restaurante a respeito da gente. Nós viemos pessoalmente esclarecer a situação para que não restem dúvidas e nem brechas para mais algum tipo de fofoca.

Chef Tulio assentiu com a cabeça, estava sério, poderia se dizer que até sisudo, parecia incomodado. Caio fingiu não perceber a expressão desgostosa do homem e continuou a falar.

- Beatriz e eu estamos juntos. E hoje, passamos a dividir a mesma casa, viemos esclarecer que não deixaremos nossa relação atrapalhar o trabalho. Entendemos perfeitamente que aqui o ambiente as vezes é bastantes difícil e teremos que separar muito bem as coisas, mas se o senhor não se opor gostaríamos de tentar conciliar tudo. E se por acaso Chef, você achar que não dará certo então estamos dispostos a entregar nossos cargos agora mesmo.

Caio falava com a voz firme. Ele e Beatriz estavam decididos e não deixar que ninguém os atrapalhasse, já tinham Daniel que lhes rendia preocupações suficientes.

Chef Tulio arqueou as sobrancelhas diante daquela afirmação tão convicta de Caio e se orgulhou dele por isso.

- Não haverá necessidade disso. Conheço seu trabalho Caio e sei o quanto você é bom. E você Beatriz, nesse pouco tempo já pôde mostrar que tem muito potencial. Eu jamais iria dispensa-los por terem se envolvido, embora eu os aconselhe a manter distancia no ambiente de trabalho. Não quero interações amorosas aqui dentro do restaurante.  Da porta para fora vocês podem fazer o que bem entenderem, mas enquanto estiverem sob o meu comando aqui dentro, não quero que despertem motivos para reclamações, estamos entendidos¿

Caio e Beatriz se entreolharam, soltaram as mãos e assentiram para Chef Tulio, que fez um movimento com a mão, dispensando-os.

Ao saírem do escritório, foram diretamente para o vestiário, colocaram seus aventais, esconderam os cabelos sob bandanas e seguiram para a cozinha, pois a distribuição das tarefas iria começar.

Naquele dia, Beatriz ficou responsável por comandar a cozinha e teve a certeza que aquela era sua chance de mostrar a que tinha vindo.

Distribuiu as tarefas para cada um dos chefs e teve que aguentar o olhar atravessado de Vitória, que tinha um sorriso sarcástico no rosto, que Bia fingiu não perceber.

Depois de distribuídas as tarefas, manteve todos reunidos e pronunciou algumas palavras de incentivo ao grupo. Esse ritual ela havia aprendido com seu mentor, o Chef  Gerard, que sempre o fazia antes de iniciarem os trabalhos na cozinha. Ela acreditava que motivando bem a equipe antes de um dia de trabalho, o ambiente ficaria mais leve e possivelmente o clima entre os funcionários mais ameno.

Depois que todos dispersaram e foram realizar suas tarefas, Beatriz passou os olhos pela cozinha até encontrar Caio,. Que a fitava com um olhar de admiração.

Ela o viu mexendo os lábios, mas sem emitir som. Não entendeu o que ele dizia da primeira vez, então fez uma expressão confusa e ele repetiu a frase. Com algum custo ela conseguiu decifrar o que ele dizia.

- “Eu amo você”- Beatriz sorriu e o respondeu da mesma forma.

Ela foi até o escritório e pediu a Chef Tulio a lista de fornecedores, com as entregas previstas para aquele dia, precisava saber se tudo havia chegado e se os pedidos estavam corretos. Com a prancheta na mão, deixou os pensamentos fluírem.

Aquele era o dia em que ela poderia mostrar suas melhores habilidades, onde ela poderia provar pra quem duvidasse e para si mesma que ela era sim, capaz de fazer aquilo.

O pensamento a fez sorrir, ela então voltou-se para suas anotações e começou a conferir preços, e volumetrias das entregas, pois o dia estava apenas começando, mas já prometia ter muitos desafios.
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Está aí pessoal, espero que gostem.
Obrigada a todos que leem
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terça-feira, 23 de abril de 2013

Capítulo 10 - parte 3


Caio estava com o rosto colado no pescoço de Beatriz, cheirando seu cabelo e tentando absorver o máximo que conseguia, daquele perfume floral inebriante que ela tinha.

Ele afastou um pouco o rosto e olhou para  ela. Beatriz tinha as faces levemente coradas, as pupilas dilatadas e os olhos brilhando como uma pedra preciosa.  Esfregou a ponta do seu nariz no dela e lhe deu um beijo rápido. Levantou-se da cama e foi até o banheiro.

Beatriz mudou de posição para ficar de lado e vislumbrou pela primeira vez ele de costas.

Nossa que bunda”  Pensou consigo mesma.

Caio virou para ela, e perguntou:

- O que você disse¿ - A expressão dele era a mais convencida que ela já tinha visto.

- Nada não, vai lá tomar seu banho-  Merda, acho que pensei alto” – dessa vez ela escondeu o rosto no travesseiro para garantir que Caio não escutasse caso pensasse em voz alta de novo.

Ele virou e foi rindo ao banheiro, logo ela escutou o chuveiro sendo ligado. Resolveu levantar e ir checar o almoço, pois logo teriam que ir para o Cucina Dolce.

Foi até uma das malas que Pedro havia deixado no quarto mais cedo e procurou alguma coisa para vestir. Pegou uma calcinha, um vestido leve e simples, calçou seus chinelos e saiu do quarto.

Quando chegou até a cozinha Marie estava lutando com o forno, tentando tirar alguma carne que ela havia assado.

O cheiro era maravilhoso.

Bia correu para ajuda-la, enquanto segurava a porta do forno, Marie tirou a forma com a carne e colocou na bancada da cozinha.

Beatriz fechou o forno e foi até a bancada conferir o que Marie havia preparado e que cheirava tão bem.

- Nossa Marie, o que você fez aqui que está cheirando tão bem¿ - Beatriz tinha os olhos fechados, adorava sentir o aroma de tudo, tentar descobrir os temperos utilizados em cada receita .

- Ah, é uma receita de família – Marie não queria contar o que era, Beatriz havia percebido, mas como boa Chef, ela conseguia sentir alguns dos aromas que vinham daquela assado maravilhoso.

- Deixa eu ver... A carne  é fraldinha...- Beatriz chegou perto da assadeira, ficando de costas para a porta e não vendo que Caio chegava e a ficava observando fazer sua mágica.

- Os temperos, bem, acho que mostarda e ... hmm... alho, sim alho e...- Beatriz correu até uma das gavetas e pegou uma colher de sobremesa, colocou-a no molho que ficava no fundo da forma e desgustou demoradamente, sentindo o sabor e tentando decifrar o que faltava.

Caio a olhava boquiaberto, já a tinha visto provar os pratos no restaurante e achara tudo muito excitante, mais aquela cena era algo escancarado, o botão de sua calça mal aguentava sua ereção crescente.

- Ahh! Mel! E tem mais alguma coisa, que realça o sabor...hmmm.... mais é claro! Azeite!

- É minha querida, você é boa nisso mesmo. – Marie estava espantada com Bia, ela adivinhara exatamente os temperos do molho e da carne.

- Fraldinha com mostarda, mel, azeite e alho, uma velha receita da minha família, que o seu Caio adora e eu acabo fazendo pra agradar ele.

- E é uma delicia! – Caio estava entrando na cozinha, ainda tentando conter sua ereção, que estava parcialmente domada.

- Então sentem para comer que eu vou servir – Marie disse e apontou para a mesa que já estava posta.

Caio segurou a mão de Bia e a conduziu até a mesa, arredou uma cadeira para que ela se acomodasse.

Depois de Beatriz estar sentada Caio tomou seu lugar à sua frente. Marie serviu os dois e se retirou, deixando-os sozinhos para poderem aproveitar a refeição.

Os dois comeram em silêncio,  dispensaram o vinho, preferiram a agua, pois teriam que trabalhar em menos de uma hora.

Assim que terminaram a refeição, Bia subiu para tomar um banho e vestir-se para o trabalho. Caio já estava banhado, então se vestiu e a ficou esperando na sala, escutando musica.

Ele gostava de clássicos e tinha um vinil do Pink Floyd que era sua paixão. “The Wall” estava incluído em sua apólice de seguro e era um dos seus bens mais preciosos, não em valor monetário, mais tinha um enorme valor sentimental.

Enquanto ouvia Another Brick in the Wall, refletiu sobre  as mudanças que estavam acontecendo em sua vida e como Beatriz se tornara indispensável para ele.

Logo ela desceu as escadas, estava linda, daquele jeito simples e despojado de se vestir, jeans, camiseta de banda (a escolhida do dia tinha sido Cólera) e all star. Cabelos soltos e maquiagem mínima. Trazia uma bolsa de couro com taxas a tiracolo.

- Uau! Você está linda! – Ele disse enquanto ela descia o ultimo degrau da escada e ele pegava em sua mão, puxando-a para perto e cheirando seu pescoço.

- E muito cheirosa também – Ele a beijou ali e Beatriz sentiu um arrepio percorrer lhe a espinha.

- Está pronta para o trabalho¿ - Ela assentiu com a cabeça e ele a conduziu até a porta dos fundos, que dava para a garagem.

Chegando lá Caio vestiu nela o capacete, depois colocou o seu. Subiu na moto e estendeu a mão para ajuda-la a subir.

Apertou um botão que ficava junto ao chaveiro com as chaves da moto e da casa e a porta automática da garagem se abriu.

Ele deu a partida na motocicleta e partiram pelas ruas calmas daquela parte da cidade.
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Está ai pessoal, obrigada a todos que leem.
Ainda com gripe, mas logo logo melhor,
beijos e obrigada por tudo
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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Capítulo 10- Parte 2


Caio conduziu Beatriz até a beirada da enorme cama com dossel, enlaçou a sua cintura e beijou-a com vontade e uma certa dose de força. Passou uma das mãos pela sua nuca e agarrou seu cabelo, puxando-o para trás, dando-lhe livre acesso à sua boca.

Beatriz sentiu ardência onde Caio puxava seu cabelo, mas era uma ardência suportável, o desejo que começava a brotar em seu ventre era muito maior que aquela sensação incomoda. Na verdade as sensações combinadas daquela forma só aumentavam a queimação que percorria seu corpo e se concentrava entre suas pernas.

A língua de Caio adentrou a boca de Beatriz com fúria, tomando a para si, explorando cada espaço, acariciando e transmitindo a clara mensagem de que ele a queria e ela seria sua.

Beatriz correspondeu com a mesma intensidade, sua língua encontrando a dele num delicioso e sensual duelo. Ela tinha os braços apoiados na cintura dele, as mãos acariciavam a parte inferior das costas.

Suavemente ele a deitou na cama sem perder aquele contato precioso que suas bocas mantinham. Quando estavam sem folego se afastaram um pouco, ele pairou sobre ela e a encarou por alguns instantes.

Beatriz reparou que os olhos dele brilhavam, transmitindo todo o desejo que sentia por ela, correu os olhos rapidamente mais para baixo e percebeu que a frente das suas calças também evidenciavam isso.

Caio acompanhou o olhar dela e ergueu uma das sobrancelhas quando viu os olhos de Beatriz se arregalarem sutilmente.

Dessa vez foi ela quem o atacou, puxando-o pela camisa, e grudando sua boca na dele. As mãos dele logo alcançaram seus seios e ela agarrou os cabelos do rapaz, puxando-os e fazendo com que ele gemesse em sua boca.

Caio começou a beija-la no pescoço, morder sua orelha, chupar suavemente a pele. Beatriz agarrou a barra da camiseta dele e a puxou sobre a cabeça, ajudando-o a tira-la.

Beatriz sentou-se na cama e tirou sua própria camiseta, seguida pelo sutiã, Caio a olhou faminto, empurrou-a para que voltasse a deitar e passou a atacar os seios dela.

Enquanto lambia, chupava e mordiscava um deles, o outro era beliscado suavemente por seus dedos habilidosos, Beatriz gemeu alto.

A mistura de dor causada pelos beliscões e o prazer causado pela boca no outro seio a fazia sentir arrepios por todo o corpo , a queimação no seu baixo ventre estava aumentando e ela não conseguia mais ficar parada.

Uma das mãos de Caio passou a segurar Beatriz pela cintura, para que ficasse quieta.

-Calma minha linda, quietinha agora.

Ela tirou o All-star esfregando um pé no outro e os chutou para longe da cama.

Caio continuava a tortura-la, quando um dos seios já estava vermelho devido aos beliscões ele trocou, se ateve com a boca no que estava mais sensível e começou a beliscar o outro.

- Ai meu Deus Caio – Beatriz não conseguia mais se controlar, queria que ele a tomasse para si de uma vez, queria senti-lo dentro dela. Mas sabia que esses não eram os planos dele, não tão rápido.

Ele a olhou e sorriu, sabia que ela estava quase enlouquecendo, sacana que era.

Caio abriu os botões da calça jeans dela numa lentidão agonizante, deslizou as calças pelas pernas de Beatriz até retira-las pelos pés.

Ele ficou em pé na beirada da cama e passou a admira-la ali, deitada, só com a calcinha.

“Caio você é um filho da puta sortudo” pensou enquanto viu Beatriz corar com aquela análise descarada.

Percebendo que ela estava incomodada e não querendo que ela se retraísse, voltou para a cama.

Começou a beijar os pés de Bia. Beijos suaves, algumas vezes passando os dentes sobre a pele, causando cócegas, que eram acompanhadas de arrepios de prazer.

Ele foi subindo aos poucos, seus lábios eram quentes e o contato com a pele fria das pernas de Beatriz era como um coquetel de sensações para os dois.

Enquanto a boca de Caio fazia sua mágica nas pernas de Beatriz, suas mãos alcançavam a calcinha dela, abaixando a peça devagar, até tira-la e joga-la ao chão.

Antes que Beatriz pudesse perceber como ele fizera aquilo Caio já estava sem a cueca, deitando sobre ela e colocando a mão entre suas pernas.

- Nossa, você está tão molhada- Ele falava com um misto de admiração e desejo, que transpareciam em seu olhar, na sua expressão, respiração ofegante e na voz que soava grave, como um ronco saindo de dentro do peito.

- Ele colocou dois dedos nela e começou a massageá-la, fazendo movimentos circulares e introduzindo os dedos um pouco mais, até atingir aquele ponto muito prazeroso, que chamamos de G.

Beatriz estava mexendo os quadris enquanto ele movimentava os dedos dentro dela, queria senti-los em todos os lados ao mesmo tempo.

- Ai Caio, não para – Beatriz estava começando a sentir aquela onda conhecida dentro dela, crescendo aos poucos, ela gemia alto, mexia os quadris e segurava os lençóis, apertando-os com as mãos.

De repente Caio parou.

- Ah, Caio! – Ela não conseguiu esconder a frustração ao olhar pra ele.

Caio apenas sorriu e foi até a cômoda. Bia escutou aquele barulhinho conhecido do embrulho do preservativo. Ele estendeu o envelopinho pra ela e disse.

- Coloca em mim.- Pelo olhar dele Beatriz soube que aquilo não era uma pergunta, era uma ordem, imediatamente pegou a embalagem das mãos dele, rasgou-a com a boca e retirou o preservativo da embalagem.

Caio aproximou-se um pouco mais dela, Beatriz o olhou sob os logos cílios e ergueu uma das sobrancelhas, levantando os cantos da boca em um sorriso que transmitia toda a luxuria e desejo que havia no ambiente em que estavam

Ela o segurou e lentamente começou a desenrolar o preservativo em toda sua extensão, Caio não conseguiu conter um gemido.

- Ai, desse jeito eu vou gozar antes de você terminar de colocar isso-

Beatriz sorriu, terminou a tarefa e deitou-se na cama. Caio se aproximou, deitou sobre ela. Beatriz enlaçou a cintura dele e Caio a penetrou, duro e rápido.

Ele não iniciou o ritmo lento que era costumeiro dos dois, dessa vez ele a possuía num ritmo incessante, bruto, e Beatriz estava adorando.

A cada nova estocada dele Beatriz sentia tudo se contrair dentro de seu ventre. O prazer vinha em ondas dilacerantes, destruindo tudo o que havia se sensato nela.

 Beatriz foi se deixando levar por aquele mar de sensações, foi sentindo-se crescer, cada vez mais alto, mais longe, até desabar, em milhões de pedaços ao redor dele, tremendo e dizendo que o amava.

Caio continuou a penetrá-la com força uma, duas, três vezes e se desmanchou sobre ela, gemendo alto e sibilando seu nome.

-Ahhh Bia!
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Está aí pessoal, hoje vou postar um pouco mais cedo, to com muittaaaa gripe, e todos os sintomas ruins q a acompanham, dor no corpo, cabeça, mal estar e nariz mtooo entupido, então vou postar agora e vou pra cama, pra descansar e ver se melhoro um pouco até amanhã
Obrigada a todos que leem
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domingo, 21 de abril de 2013

Capitulo 10 - Parte 1


CAPÍTULO 10 – NOVA CASA, NOVOS PROBLEMAS

Cerca de vinte minutos depois de terem entrado na rodovia com a moto, Caio pegou uma saída secundária, que daria a um bairro nobre da cidade. Mais 5 minutos e chegaram a um condomínio enorme. Pararam em frente ao portão, o táxi com as malas estava parado esperando, Caio interfonou.

- quem está ai¿ - Uma voz feminina, parecia ser de uma mulher de mais idade, perguntou do outro lado.

- Sou eu Marie, o Caio.- Caio falou sorrindo.

- Ah!, Sr. Caio, que bom que o senhor veio! Já vou abrir.

Logo depois escutaram um click e o portão começou a abrir lentamente. Entraram no condomínio e rodaram um pouco com a moto, o táxi os estava seguindo.

Pararam em frente a uma casa enorme, Beatriz ficou admirada.

A casa tinha um ar contemporâneo, dois andares e diversos janelões. Em frente a porta de entrada viram uma senhora baixinha, que vestia uma saia até os joelhos, sapato com salto anabela e camisa branca, o cabelo estava preso em um coque.

- Essa deve ser a Marie – Bia perguntou próximo ao ouvido de Caio

- Ela mesma, vem quero te apresentar – Caio ajudou-a a descer da moto e pos a mão ao redor da cintura de Bia, guiando-a.

Aproximaram-se da porta da casa e Marie veio correndo, passou os braços ao redor do pescoço de Caio e o abraçou.

- Ah! Seu Caio, que bom que você veio – como se tivesse ultrapassado alguma linha imaginária ela rapidamente soltou-o, afastou-se dois passos e se recompôs.

- Me desculpe, é que faz tanto tempo.- ela parecia encabulada

- Não tem problema Marie. – Ele falou e puxou-a para mais um abraço.

Ele afastou-a um pouco e puxou Beatriz mais para perto deles.

- Marie, eu quero te apresentar uma pessoa, essa é a Beatriz, a minha namorada.

- Ah! Prazer dona Beatriz, a senhora é muito linda! – Marie tinha um sorriso simpático, devia ter uns cinquenta e poucos anos, era pequena e parecia ser muito delicada.

- O prazer é todo meu, mas por favor me chame só de Beatriz, ou então Bia. –   Beatriz odiava aquela história de dona e senhora antes do primeiro nome.

- Vamos entrar Bia, quero lhe mostrar a casa – Caio falou puxando-a pela mão para dentro da casa.

- Ah! Marie, pede para o taxista trazer as malas pra dentro e chame o Pedro pra te ajudar. Nós vamos ficar na suíte principal.

- Se-seu Caio o senhor vai morar aqui¿- Marie parecia não acreditar, estava parada, com os olhos arregalados e um misto de sorriso e confusão nos lábios.

- Vou, quer dizer vamos a Bia vem morar comigo. – Ele falou e puxou beatriz mais para perto, colocando-a na frente dele e abraçando sua cintura por trás.

- Ah! Que maravilha! Não aguentava mais cuidar só do seu Pedro! – Ela falou demonstrando uma euforia contagiante.

Caio apenas sorriu, pegou a mão de Beatriz, que não estava entendendo toda aquela alegria de Marie e a conduziu para dentro da casa.

Em pouco mais de 10 minutos ele tinha mostrado a ela quase todos os cômodos da casa. Sala de jantar, Sala de jogos, quartos (2 dos 3), área de serviço, cozinha, o jardim e a área da piscina.

- Aqui a gente pode vir brincar qualquer dia desses – Caio falava, enquanto mostrava a Beatriz a piscina. Tinha aquele já conhecido risinho sacana nos lábios. Bia sentiu-se aquecer por baixo das roupas.

- Seu Caio, vocês estão com fome¿ - Era Marie, que estava parada em frente a porta que dava para o deck.

- Mais tarde Marie, agora eu preciso mostrar o ultimo cômodo para Beatriz. – Caio falou e a puxou em direção as escadas. Passaram por um corredor onde já haviam vistos dois quartos e pararam na última porta.

Caio a abriu lentamente e deu passagem para Beatriz.

Ela entrou e quando seus olhos se acostumaram com a claridade do ambiente ficou impressionada.

O quarto tinha janelões em duas paredes que iam do teto até o chão. A cama era com dossel e estava arrumada com lençóis de seda azul escuro.  A cama era imponente, tinha um estilo gótico, madeira escura de lei, era linda!

Havia um armário que formava o conjunto, igualmente grande e agressivo, da mesma madeira escura. Ao lado de cada lado da cama um criado mudo e também havia uma cômoda ao lado do guarda roupa.

Caio a puxou pela mão em direção a uma porta que ficava ao lado da cama, ali havia o maior banheiro da casa. Uma enorme hidromassagem, duas pias, box e chuveiro e muito, muito espaço.

Depois de lhe mostrar rapidamente o banheiro Caio a conduziu de volta ao quarto, pela expressão que ele tinha no rosto Beatriz sabia que naquele momento ele era um homem com uma só missão: Leva-la para cama.

E ela nem pensou em tentar impedi-lo de concluir sua tarefa.
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Bom pessoal vou postar já porque eu tenho tarefas domesticas a concluir hoje.
Essa vida de mãe-esposa-e dona de casa não é facil e mais tentar escrever as vezes é praticamente impossivel, mas estou levando e por enquanto estou conseguindo.
obrigada a todos que leem, beijinhos.
=o***
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