CAPITULO 1
Estava amanhecendo quando Bia saiu da casa dos pais, fechou
a porta, virou-se e inspirou fundo o ar frio e úmido do começo da manhã, sentiu
aquela sensação gostosa adentrar os pulmões e quando soltou o ar pela boca, o
ar tomou a forma de uma névoa branca.
Ela adorava aquela sensação nos dias frios, se sentia
aconchegada e feliz ao sentir o nariz ficando gelado. Andou em direção ao táxi que a levaria até o aeroporto, onde pegaria
um avião até São Paulo. Começaria uma vida nova, morando num apartamento
pequeno, alugado pelos pais e próximo ao restaurante onde iria trabalhar.
Bia insistiu que os
pais não gastassem muito dinheiro com ela, porque assim que se estabilizasse
pretendia assumir a responsabilidade sobre os próprios gastos, já que ia morar
sozinha, seria independente.
Beatriz era uma garota tímida, mas muito decidida, loira, cabelo em cachos grossos e definidos,
até pouco abaixo do ombro, em um corte repicado. Tinha olhos azuis claros com
um contorno bem definido em um tom de azul mais escuro, eram olhos que chamavam
muita atenção. Magra e de altura mediana, tinha lábios grossos e bochechas
rosadas, que insistiam em ficar cor de rosa vivo quando algo a encabulava.
Beatriz sempre morara, numa cidadezinha no interior de Santa
Catarina, com a mãe Iara, o pai Jorge e a irmã mais nova Lara. Tinham uma
situação financeira boa, pois o pai era dono de uma das poucas empresas de
exportação da cidade, e a dele era a mais rentável. Isso possibilitou a ida da
menina para a França para estudar gastronomia em uma escola privada muito
conceituada. Bia sempre adorou fazer “mágicas”
na cozinha, e ao conseguir uma bolsa para estudar gastronomia na França,
empenhou-se ao máximo para aproveitar cada instante ao lado dos mestres que a
ensinaram tudo o que há de melhor em culinária pelo mundo.
Por ser uma das mais dedicadas, ao final do curso, um de
seus professores mais renomados, o chef francês Gerard Gutierres lhe deu uma
carta, na qual falava sobre todas as qualidades da garota no comando de uma
equipe de cozinha. Ele lhe entregou a carta, abraçou e com um beijo na testa,
se despediu da garota e lhe disse:
-Em muitos anos, você é uma das poucas que eu temo que vá
ser minha concorrente, talvez você seja ate melhor que eu, você tem um dom
Beatriz, não o desperdice, não aceite nada menos do que tudo que puder
conseguir.
Ela lhe respondeu com um sorriso doce e foi embora. Pensou
naquelas palavras por um longo tempo depois que chegara ao Brasil, mas não
conseguia admitir para si mesma o quanto podia ser boa. Com o tempo, esqueceu o
assunto.
------ é só uma peuena parte do primeiro, tenho que fazer algumas modificações para continuar a postagem do capitulo, talvez não consiga postar esse fds, se não der posto segunda feira , comentem como está ficando---------
Legal Filhota!
ResponderExcluirVc escreve muito bem!
Pai