Boa tarde!
Havíamos sumido, mas estamos retornando, reformulando, mudando.
O Fascínio vai ganhar nova cara, estou fazendo algumas mudanças que acho necessárias ao texto mas a essência vai continuar a mesma.
Estou programando publicá-lo em versão impressa em 2015.
Breve os posts diários no blog retornarão.
Aguardem
Fascínio
Um romance, que resolvi escrever, sempre li muito e gostei de escrever então resolvi mergulhar de cabeça nessa e ver no que vai dar.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
domingo, 16 de junho de 2013
Capítulo 12 - Parte 14
- Eu vou dirigindo, não tem
problema.
Caio ficou surpreso, pois
desconhecia a habilidade de Bia na direção. Na verdade, ele nunca havia
perguntado e ela também não se deu ao trabalho de contar.
Chef Tulio e Caio se entreolharam
com expectativa, tentando definir quem cederia o carro para ela dirigir.
Caio venceu.
- Cuide bem dele – Disse chef
Tulio ao entregar, pesaroso, as chaves do seu Nissan para Bia.
- Vou cuidar, obrigada.
Beatriz pegou as chaves, beijou
Caio suavemente e se virou para sair, mas foi impedida por ele, que segurava
seu braço suavemente.
- Pedro vai com você.
- Ah não, eu não vou perder a
oportunidade de dirigir esse Nissan por nada nesse mundo, além do mais, já
fazem alguns dias que nada aconteceu, talvez ele tenha desistido.
Chef Tulio franziu a testa diante
da conversa de Caio e Beatriz, achou tudo muito estranho, mas preferiu não
comentar.
- Eu insisto que você leve o
Pedro, você pode dirigir, ele vai ao seu lado.
Beatriz suspirou pesadamente e
concordou.
- Tudo bem então.
E assim Beatriz e Pedro saíram em
direção à garagem do Cucina Dolce, deixando pai e filho sozinhos no escritório
mais uma vez.
Logo, Caio saiu em direção à
cozinha e Chef Tulio ficou absorto com os problemas do restaurante, nenhum dos
dois percebeu o quanto Beatriz e Pedro estavam demorando, até o telefone de
Caio tocar em seu bolso.
Ele sacou o aparelho e viu o nome
de Bia no visor.
- Olá meu bem, aconteceu alguma
coisa¿
- Olá namoradinho. – A voz grave e
debochada de Daniel chegou aos ouvidos de Caio como um murro. De repente, o ar
lhe faltou, a bile subiu a sua garganta e Caio lutou para conter a ânsia de vômito.
- Cadê a Beatriz¿ O que você está
fazendo com o telefone dela¿
- Calma namoradinho, ela está bem,
mas se fosse você eu correria, pois aquele seu amigo que deveria proteger ela
não me parece estar nas mesmas condições.
Caio ouviu um estampido seco, um
grito de horror na voz que ele reconheceu ser a de Bia e o telefone foi
desligado.
O desespero invadiu Caio, que
largou tudo na cozinha e saiu correndo para o escritório, esbarrando nos outros
chefs, derrubando pratos, talheres e o que mais estivesse em sua frente.
Chef Tulio se assustou com as
condições de Caio quando este irrompeu pela porta do escritório, batendo-a com
força e gaguejando ao falar. Seu filho estava pálido, tremendo, com os olhos
arregalados. Medo era o que podia ser visto na sua expressão.
- E- ele a pegou! – A voz de Caio
saiu, trêmula, esganiçada.
- Ele, quem, pegou quem¿ O que está
acontecendo¿
- Não há tempo, eu preciso pensar,
venha comigo que eu te explico no caminho, mas vamos rápido, ela está em,
perigo!
- Ela, a Beatriz¿ O que está
acontecendo¿ - Chef Tulio não se moveu, precisava saber o que estava
acontecendo.
- Sim, A Bia, você vem ou não¿ Ela
está em perigo. – Caio já estava indo para a porta, com a mão estendida em
direção a maçaneta.
- Vou, claro filho não vou deixar
você sair sozinho nesse estado, só preciso avisar na cozinha e pedir pra Ana e
o Rodrigo segurarem as pontas pra nós.- Chef Tulio passou pelo filho e correu
para a cozinha para avisar os outros que teriam que sair, pois algo havia
acontecido com Beatriz.
Chef Tulio encontrou Caio já no
carro, com o motor ligado e tamborilando os dedos no volante. Assim que ele sentou-se
no banco ao lado do motorista, Caio saiu cantando pneus, acelerando e cortando
a frente dos demais carros na rua.
- Calma Caio, eu sei que é
urgente, mas se você correr dessa forma nós jamais chegaremos até onde ela
está. E a propósito, me conte o que está acontecendo.
Caio olhou de relance para o pai, numa
expressão indecifrável, voltou o olhar a estrada e começou a contar, desde o
inicio, tudo o que acontecera com
Beatriz nas mãos de Daniel.
Quando ele terminou o relato, já
haviam entrado na estradinha de chão que dava para a fazenda de Salvador e foi
num cruzamento, que avistaram a cena de guerra que os fez perder o ar por
alguns instantes.
O Nissan estava capotado numa
parte lateral da estrada, peças estavam, jogadas por todos os lados, o carro estava
muito amassado, sem portas, os vidros quebrados.
Caio parou o carro a alguns metros
e desceu, correndo para o local. Quando já estava mais próximo, avistou um vulto,
deitado no meio da estrada, imóvel. Ao aproximar-se, reconheceu Pedro, que
parecia morto.
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Aí amores, agora encerram os posts no blog, com o final do capítulo 12.
Os capítulos 13 e 14 e consequentemente o final do primeiro volume vão estar disponíveis a venda, junto com a edição completa do livro em algumas semanas, portanto aguardem.
Modificações serão feitas na histórias, incluirei fatos da vida dos personagens e descrições, portanto vai valer a pena comprar.
Obrigado a todos que acompanharam esse primeiro volume e, em breve começarei a escrever o volume dois.
beijos
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quinta-feira, 13 de junho de 2013
Capítulo 12 - Parte 13
A maciez e umidade dos lábios de
Beatriz acordaram Caio naquela manhã, ele abriu os olhos sonolentos e a viu
completamente vestida, banhada, os cabelos presos em um rabo de cavalo e pronta
para a academia.
- Hora de acordar, temos muitos
golpes para treinar!
Caio sorriu, pegou a mão de Bia e
a puxou sobre ele, prendendo-a entre seus braços.
Entre um beijo e outro, Bia
tentava desvencilhar-se dele, mas Caio era forte demais, e quanto mais ela se
debatia, rindo, mais ele a apertava.
Quando mal podia respirar, ela desistiu, ficando parada, praticamente
imóvel, controlando a respiração, a cabeça apoiada sobre o peito dele, apenas
escutando as batidas fortes e ritmadas do coração do homem que ela amava.
Caio então a soltou, segurou sua
cabeça entre as mãos e a beijou intensamente, deixando Beatriz sem fôlego
quando se afastou dela para vestir-se.
Quando Caio terminou de se vestir,
ambos desceram até a cozinha, onde Marie já tinha posto a mesa para o café da
manhã.
O casal sentou-se à mesa , Beatriz
tomou uma xicara de café acompanhada de croissant, e Caio preferiu vitamina e
torradas.
Após a refeição, seguiram para a
academia, apesar de ser Domingo, o lugar era aberto, aos clientes que gostavam
de treinar também aos fins de semana.
Cerca de duas horas depois, Caio e
Beatriz já haviam retornado pra casa, estavam exaustos fisicamente mas muito
animados devido aos exercícios. Beatriz conseguira imobilizar e golpear Caio
algumas vezes durante a aula, o que o surpreendeu, pois ele era experiente e
muito mais forte que ela.
Beatriz era, definitivamente, uma
ótima aluna.
O almoço do casal, consistiu em
sanduíches de Pastrami, que Marie preparou com muito capricho para os dois, que
estavam atrasados para o trabalho.
No carro, a caminho do Cucina
Dolce, durante uma conversa casual sobre os exercícios, Beatriz perguntou a
caio:
- Caio, o que você vai fazer com
relação ao Chef Tulio no trabalho, agora que sabe que ele é seu pai¿
- Vou agir como sempre, afinal ele
é meu chefe, vou respeita-lo, dentro dos limites que uma relação
patrão-empregado permite, e só. Fora dali, não pretendo ter contato com ele até
conseguir organizar as ideias na minha cabeça.
Beatriz assentiu, concordando.
O Domingo e os dias que se
seguiram durante a semana foram agitados e problemáticos no restaurante. Um
funcionário adoeceu, precisando ser substituído as pressas por Beatriz na
função que desempenhava.
Chef Tulio havia designado Caio
para ajuda-lo no escritório na ausência de Bia naquela função, o rapaz não
gostou, mas também não se opôs, ele dissera que ia manter o tom profissional no
trabalho perante Chef Tulio e pretendia continuar a fazer isso.
Mas, quando Salvador, o fornecedor
de legumes e temperos resolveu ter um ataque de histerismo ao telefone, pois
novamente havia atrasado a entrega dos produtos, os dois se viram obrigados a
chamar Beatriz para conversar com o colono, pois ela era a única que conseguia
conversar de forma civilizada com ele, sem perder a linha.
Quando pegou o telefone das mãos
de Caio, Beatriz respirou fundo, limpou a garganta e falou no tom mais afável
que conseguiu.
- Bom dia, seu Salvador, aqui é a
Chef Beatriz, como vai¿
A voz bronca e arrastada do outro
lado da linha, murmurou algum xingamento baixinho e respondeu.
- Bom dia, dona Beatriz, eu
gostaria de falar com aquele turrão do seu chefe italiano.
- Isso não vai ser possível seu
Salvador, ele teve que ir resolver alguns problemas na cozinha, o senhor vai
ter que resolver comigo mesmo.
Mais xingamentos murmurados e a
voz rouca apareceu novamente.
- Muito bem então, vamos lá. O
pedido que vocês fizeram é impossível de atender. Como eu vou mandar tantas
caixas de batatas para aí se eu atendo outros 5 restaurantes e essa chuva que
teimou em cair durante as ultimas semanas estragou mais da metade da minha
produção¿
- Muito bem, seu Salvador, quem é
o seu cliente mais antigo¿
- Vocês.
- Então, tenho plena certeza de
que, se o senhor der prioridade aos clientes mais antigos, os demais irão
atender sem problemas, além do mais, nós pagamos um valor bem acima do de
mercado pelos legumes e temperos que compramos do senhor e eu sinceramente
duvido que os demais clientes que o senhor possa ter sejam tão fiéis quanto
nós.
Depois de ouvir alguns murmúrios
indecifráveis do outro lado da linha, Beatriz respirou aliviada quando Salvador
respondeu.
- Tudo bem, vocês podem vir aqui
buscar o pedido, eu deixarei tudo pronto.
- Tudo bem então, estarei aí logo
mais.
Beatriz desligou o telefone aliviada,
não podia crer o quão difícil era lidar com seu Salvador, sorte a dela ter
“argumentos” convincentes.
Mas ainda havia um problema.
Chef Tulio ainda tinha problemas
descomunais para resolver o restaurante e Caio teria de substituir o
funcionário que estava faltando, sendo que, Beatriz teria de ir sozinha buscar
a encomenda, na fazenda de Salvador.
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Postando mais cedo hoje, pois à noite a vida de esposa-donadecasa-mãe clama por mim.
^^
Tradução: roupas para lavar e passar
até amanha!
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terça-feira, 11 de junho de 2013
Capítulo 12 - Parte 12
Depois de uma tarde toda na cama,
Caio e Bia resolveram levantar quando o sol estava se pondo. Pelos janelões de
vidro do quarto, podiam ver a estrela se esconder atrás dos prédios, a noite
invadindo tudo e tornando a vista ainda mais bela que durante o dia.
Depois de uma passada na cozinha,
para revirar a geladeira em busca de algo para preparar para o jantar, Beatriz
se voltou para a tarefa de tentar dispensar Marie de suas funções naquela
noite.
- Mas dona Beatriz, eu preciso
fazer o jantar.
- Não Marie, não precisa, pode
tirar o resto da noite de folga, eu e o Caio nos viramos, pode deixar, acho que
não iremos passar fome.
Marie suspirou, derrotada,
desamarrou o avental e saiu da cozinha balançando a cabeça. Ela não gostava de
deixar as coisas pela metade e apesar de ter sido dispensada não concordava em
não preparar e servir o jantar aos patrões.
Beatriz deu de ombros, Marie teria
que se acostumar à abrir mão da cozinha de vez em quando.
Munida de seu Iphone, que conectou
aos fones de ouvido, Beatriz deixou The Offspring tomar conta dos seus movimentos
e pensamentos enquanto cozinhava.
Caio estava na sala, sentado numa
das poltronas lendo o jornal. Estava sem camisa, os pelos ralos do peito
aparecendo, de calça jeans escura e chinelos, definitivamente era uma visão e
tanto.
Beatriz se embalava no ritmo de Hammerhead enquanto
picava as verduras e croutons para sua Caesar Salad.
Ela resolveu fazer um jantar leve,
pois aquele dia já havia sido pesado o suficiente com a conversa que Caio havia
tido com a mãe e Tulio, mais cedo.
Caio entrou na cozinha sem fazer
barulho, foi até a geladeira e pegou uma garrafa de vinho.
Beatriz estava tão concentrada na
sua tarefa que não percebeu ele se aproximando por trás dela. Caio tirou um dos
fones, colocou na própria orelha e começou a morder a de Beatriz, puxando a
pontinha do lóbulo com os dentes.
Beatriz estremeceu quando um
arrepio percorreu lhe o pescoço. A orelha era um dos seus pontos fracos e Caio
sabia disso muito bem.
Ela virou a cabeça para fita-lo e
Caio estava sorrindo para ela. Ele aproximou os lábios da orelha dela mais uma
vez e sussurrou:
- Vinho¿
Beatriz assentiu, ele então
devolveu o fone ao ouvido dela e se afastou para servi-la.
Enquanto as taças de vinho eram
esvaziadas pelos dois na cozinha, Caio arrumou a bancada para os dois. Dispôs o
jogo americano, colocou pratos, talheres, e guardanapos de linho.
Beatriz finalizou a salada com uma
generosa porção de azeite extra virgem e serviu.
Caio ajudou-a a se sentar e em
seguida sentou-se ao seu lado. Beatriz serviu os dois e enquanto comiam,
conversaram sobre as perspectivas de Caio sobre o que aconteceria dali para
frente já que agora ele sabia sobre sua verdadeira paternidade.
- O que você vai fazer
com relação ao Tulio¿
Caio parou o movimento que fazia
com o garfo em direção a boca, baixou o talher e respondeu.
- Nada, vou deixar como está.
- Acho que ele vai querer se
aproximar de você de alguma forma, afinal agora que você sabe de tudo, ele vai
querer fazer parte da sua vida.
- Acho que ele não vai tentar nada
por enquanto. Eu preciso de um tempo para assimilar essa situação e já vamos
ter que conviver diariamente no Cucina Dolce. Acho que ele não vai dar o
primeiro passo, não faz o estilo dele, acho que ele vai deixar como está, pelo
menos por enquanto.
O resto do jantar foi silencioso,
vez ou outra Caio se perdia em pensamentos e Beatriz o observava, sem que ele
percebesse.
Após o jantar, o casal subiu para
o quarto, dividiram a banheira e foram se deitar.
Mas o sono não chegou conforme o
esperado. Mesmo depois do sexo, eles estavam muito agitados para dormir, o dia
havia sido cheio de revelações e a memória da tudo custava em pôr-se de lado
para que Caio e Beatriz pudessem descansar.
Então resolveram conversar sobre
outros assuntos, tentando esquecer o que havia acontecido durante o dia.
Caio começou interrogando Beatriz
sobre o período feliz dela na França, o estágio e quis saber a respeito de Chef
Gerard ( Beatriz teve quase certeza que Caio falava do seu antigo mentor com
uma pontada de ciúmes).
Após relatar detalhadamente tudo o
que aprendera com o Chef, Beatriz contou banalidades sobre o estágio, algumas
besteiras que fez na cozinha e as broncas que tomou de alguns chefs mais
experientes na época.
Então foi a vez de Bia perguntar a
Caio sobre o passado. Ele desconversou sobre sua fase negra, comentou o motivo
das prisões muito superficialmente, não quis se aprofundar no assunto e Beatriz
resolveu não insistir.
Caio contou sobre a faculdade, a
temporada que havia passado na Itália com a mãe, no período em que ela fora
para o país palestrar sobre um dos seus mais famosos poetas: Dante Aligheri,
que por incrível coincidência, tinha o mesmo sobrenome de Tulio.
Caio relatou também a infância
feliz com o não-pai e a mãe em São Paulo, o quanto eles se dedicaram a ele, e
que fizeram o que podiam para compensa-lo algumas ausências motivadas pelo trabalho.
Caio na realidade sempre tivera
tudo, mas seus pais eram pé no chão e nunca permitiram que ele se transformasse
num monstrinho. Na casa dele sempre houveram rotina e disciplina, mesmo que
muitas vezes as técnicas fossem falhas, Alberto e Alice fizeram o melhor que
podiam para educa-lo bem.
A história de Caio terminou com
ele contando para Beatriz sobre seus primeiros meses de trabalho no Cucina
Dolce, o quanto havia incomodado Chef Tulio. Apesar do talento nato para a
cozinha, Caio era extremamente teimoso (tal qual o pai biológico) e isso
dificultava o trabalho do grupo. Por diversas vezes, Chef Tulio havia se
trancado no escritório com ele para uma “conversa séria” e apesar das ameaças
constantes de demissão, Caio acabou entrando no ritmo e aprendendo a ceder
quando necessário.
Quando encerrou o relato, Caio
olhou para o lado e viu Beatriz dormindo tranquilamente abraçada a ele. Ela
parecia realmente um anjo dormindo. Toda a tristeza que os olhos dela
carregavam as vezes estavam escondidas enquanto ela dormia e seu rosto parecia
muito mais sereno. Os pequenos vincos de preocupação na testa se desfaziam e a
expressão dela não transmitia nada além de paz e tranquilidade.
Aos poucos, o sono veio chegando
para Caio também e apesar de já estar perto da hora de amanhecer ele se
entregou, completamente exausto, aquele descanso merecido.
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Aí pra vocês, logo terminando esse capítulo ai irei me dedicar completamente ao término do livro para publicação.
Obrigada a todos que lêem
=***
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segunda-feira, 10 de junho de 2013
Capítulo 12 - Parte 11
Caio estava sentado, com os pés
sobre a cama, os braços atrás da cabeça e encostado na cabeceira do móvel.
Estava olhando pra cima, pra ponto nenhum, apenas pensando em tudo o que ouvira
a mãe lhe dizer.
Estava tão concentrado em tudo o
que havia escutado, que não ouviu Beatriz bater na porta e quando ela entrou,
ele nem ao menos virou a cabeça para vê-la trazer a bandeja de chá para o lado
dele na cama. Estava distraído demais.
Beatriz, por sua vez, percebeu o
quanto Caio estava compenetrado em seus pensamentos e não falou palavra alguma,
apenas colocou a bandeja sobre a cômoda, despejou o chá nas canecas, adoçou e
entregou uma a Caio, que bebeu com os olhos fechados, apreciando o aroma e o
sabor do liquido fervente, como se aquilo fosse ajuda-lo a pensar melhor sobre
sua vida, seu passado e toda a mentira que vivera até ali.
Beatriz então, pegou a sua caneca,
de a volta na cama e sentou-se ao lado de Caio em silencio, apenas apreciando o
seu chá e oferecendo a ele sua presença, pois pelo que pode perceber, ele não
estava a fim de conversar.
Caio ficou realmente grato por
Beatriz não perguntar a respeito da conversa com a mãe e Tulio, ele não queria falar a respeito
daquilo. Já era difícil o suficiente para ele pensar que tudo o que vivera, o
sentimento que nutriu pelo não-pai
Alberto pudesse ser mentira.
Não.
O que ele sentiu pelo não-pai era
verdadeiro, como qualquer amor de filho para pai, o que era mentira era sua
história, a que a mãe havia lhe contado desde que era muito pequeno.
Do quão felizes ela e seu pai
eram, o tempo que namoraram e o desenrolar da relação, que terminara na
gravidez dele.
Até que parte ela havia
substituído o nome de Tulio pelo de Alberto¿
Será que ela realmente o havia
amado, ou apenas o usou para ter alguém para assumir o filho de outro¿
Eram muitas perguntas, mas nenhuma
delas tinha uma resposta, ainda não.
Caio sabia que teria que falar com
Alice para ter essas respostas, mas essa era uma conversa que ele queria adiar
o tanto quanto pudesse. Ele tinha raiva dela, raiva de Tulio e de tudo o que
eles o haviam feito acreditar e que agora, ele sabia ser mentira.
Mas quando começou a reviver a
conversa por partes, Caio lembrou que a mãe lhe havia dito que Tulio havia
ficado sabendo da paternidade há pouco mais de 3 ou 4 anos e isso queria dizer
que Tulio também havia sido enganado, talvez não de forma tão descarada quanto
Caio, que convivera com a mentira durante toda a sua existência, mas também
havia sido vitima em toda aquela história.
Olhar a situação dessa forma, fez
Caio se sentir um pouco menos idiota. Ele compartilhava parte de tudo aquilo
com o pai verdadeiro, embora achasse difícil conseguir chama-lo assim algum
dia, era o que Tulio era realmente, seu Pai Verdadeiro.
Caio suspirou, sua cabeça doía, os
olhos estavam cansados de tanto olhar para o mesmo ponto inexistente no teto
sem piscar. Beatriz estava deitada cochilando ao seu lado na cama, ele estava
tão concentrado em seus pensamentos que não percebera quando ela dormiu.
Um sorriso lento brotou nos lábios
do rapaz, apesar de ele não olhar para ela e nem lhe dirigir palavra, ela havia
ficado ali, ao seu lado, apenas para que ele soubesse que ela estava ali pra o
que ele precisasse, até para ignorá-la.
“Ela é realmente especial, e é
minha”.
Caio esqueceu o assunto com o pai,
o não-pai e a mãe por hora, queria aproveitar a companhia da namorada da melhor
forma que podia imaginar no momento.
Ele deitou-se ao lado dela, que
estava de costas para ele, abraçou-a, puxando Beatriz para perto e adormeceu,
sentindo o cheiro dos cabelos enrolados e pensando o quanto seria bom passar o
resto dos seus dias ao lado dela, sentindo aquele perfume delicioso que ela
tinha, vendo-a sorrir e ama-la até que seu peito começasse a doer, se é que
isso era possível. Sem se preocupar com mãe, pai e toda aquela história que
agora ele sabia ser a SUA história.
Já estava escuro quando Beatriz
acordou e sentiu o braço de Caio sobre ela. Uma das pernas dele, estava
prendendo as suas e Beatriz estava suando. Estava desconfortável, mas não deu
importância, toda aquela proximidade com Caio era a melhor coisa que ela podia
ter ao acordar. Ela tentou se mexer um pouco, pois o braço estava dormente.
Apesar do esforço para que ele não acordasse, Caio começou a piscar e abriu os
olhos azuis brilhantes de uma forma que ela achou extremamente graciosa, mas
não menos máscula.
- Oi linda! – O sorriso de Caio
mostrava todos dentes e era fascinante.
- Oi lindo!
Caio a puxou mais para perto e a
abraçou forte, inalou o cheiro dos cabelos dela mais uma vez.
Eles estavam agarrados um ao
outro, os braços e pernas enlaçados.
Sem que Beatriz esperasse, Caio
começou a falar.
- Sabe, eu não sei o que pensar
sobre tudo isso que minha mãe falou hoje. O Alberto foi um pai e tanto, se
esforçou e me criou da melhor maneira que conseguiu e também amou muito a minha
mãe.
Eu acho que nunca soube valorizar
de verdade o pai que eu tive. Teve uma época em que eu era um merda. Vivia de
arruaça, fui preso e ele sempre esteve lá pra m,e ajudar e me livrar da
encrencas.
Nunca foi indiferente é claro, eu
levava sermões infindáveis, ficava de castigo mesmo já tendo quase 18 e depois
que passei dessa idade também, mas eu nunca dei atenção pra ele. Simplesmente
ignorava, achava que era o dever dele fazer tudo aquilo por mim, pelo simples
fato de ser meu pai.
E hoje, depois de saber o que
aconteceu, eu percebi o quanto ele realmente se empenhava na tarefa de ser meu
pai. O Alberto não precisava me salvar das minhas encrencas, nem me tirar da
cadeia, e muito menos gastar saliva comigo, podia ter deixado tudo pra minha
mãe, mas não fez isso. Ele se importou. Ele correu o risco de ser julgado e mal
interpretado, de ser odiado por mim, correu o risco de errar, e tudo por um
moleque que não estava nem aí pra ele e que ele não tinha que proteger.
- Caio você não pode pensar assim,
o Alberto assumiu sim ser seu pai e a partir do momento que fez isso, pelo que
eu pude entender, ele realmente se empenhou nessa tarefa, ele mostrou que era
sim seu pai, mesmo não sem aquele que te gerou. Você não tem que se torturar
por não ter dado valor pra ele, a maioria dos jovens não dá o devido valor a
seus pais e além do mais, você não sabia que o seu pai biológico era outro, não
se culpe assim. Você deu o que podia pra ele, seu jeito e até onde eu sei, ele
nunca exigiu mais que isso de você.
- É verdade, ele nunca exigiu mais
do que eu estava disposto a dar, talvez não quisesse me pressionar, não sei,
mas ele era um cara e tanto.
- Eu aposto que sim. Gostaria de
tê-lo conhecido.
- Acho que ele iria gostar muito
de você, afinal, você me fez ser melhor.
Caio apertou um pouco mais o
abraço dos dois e beijou o topo da cabeça de Beatriz.
- Obrigado.
- Pelo que¿ - Beatriz não havia
entendido o agradecimento repentino.
- Por me ouvir, por ficar aqui
comigo, e não me julgar.
- Eu jamais iria fazer isso, não
quero que ninguém me julgue também e você sempre me tratou da mesma forma,
mesmo depois de saber de tudo o que aconteceu comigo. Era o mínimo que eu podia fazer por você.
Caio sorriu e a beijou.
Aos poucos aquele beijo foi se
tornando mais intenso, o desejo começou a brotar nos dois, tomando conta de
cada pedaço do corpo de cada um, preenchendo cada espaço dentro deles e ao
redor de onde estavam, a paixão que um sentia pelo outro era algo quase palpável,
qualquer um que entrasse no quarto naquele momento poderia sentir todo o amor
que transbordava dos dois corpos se enroscando na cama.
E o resto da tarde passou rápido,
Caio e Beatriz fazendo amor, totalmente entregues aquele momento de prazer e
envolvimento.
domingo, 9 de junho de 2013
Capítulo 12 - Parte 10
Foi por volta das
14:00 horas que o Nissan de Tulio encostou junto à calçada em frente a casa de
Caio e Beatriz. Ele e Alice haviam levantado cedo, após uma noite mal dormida,
pois a ansiedade de contar tudo sobre a paternidade de Caio, os deixou fazendo
planos de como seria o momento em que desenrolariam toda a história para o
filho durante a maior parte da noite.
Quando finalmente estavam cansados demais para
continuarem conversando, resolveram dormir. Além de demorarem a conseguir
pregar os olhos, o sono foi agitado e cheio de sonhos estranhos sobre as
expectativas que tinham para a conversa com o filho no outro dia.
Quando cansaram de rolar na cama sem conseguir dormir,
ainda não tinha amanhecido, mas Tulio e Alice resolveram se levantar e pegar a
estrada, pois a viajem era longa e quanto antes chegassem a São Paulo, mais
cedo poderiam contar toda a verdade a Caio.
Foram recebidos por Marie, que pediu para que aguardassem
na sala, pois iria descobrir o paradeiro dos donos da casa.
Marie os encontrou esticados em duas espreguiçadeiras,
próximos à piscina, tirando uma soneca. Caio estava sem camisa, usando uma bermuda
feita de um jeans cortado e bia estava de biquíni, deitada de barriga para
baixo, exibindo a tatuagem mais assombrosa que Marie já vira.
Ela, como boa senhora católica que era, achou aquelas
asas de anjo um sacrilégio, mas não disse nada, apenas fez o sinal da cruz
disfarçadamente e se aproximou para chamar os dois.
Quando estava ao lado do casal, Marie pigarreou num tom
que fosse audível pelos dois.
Caio e Bia acordaram e se viraram para observa-la.
- Com licença Caio, Beatriz, a dona Alice e o seu Tulio
acabaram de chegar e estão na sala esperando vocês.
- Obrigado Marie, diga a eles que já estamos indo.
Caio e Beatriz se levantaram e foram até o quarto,
trocaram de roupa rapidamente e se deslocaram para a sala, para receber os
recém-chegados.
Foi com um abraço apertado na mãe
e um rápido aperto de mão no dono do restaurante que Caio recebeu os
convidados, Beatriz abraçou e cumprimentou os ambos com dois beijos no rosto.
Quando todos estavam sentados nas
confortáveis poltronas da sala, Caio e Beatriz muito próximos, de frente para
Tulio e Alice que estavam sentados lado a lado, mas sem nenhuma indicação de
que fossem um casal, Caio havia reparado na distancia segura que havia entre os
dois.
- Como foi a viajem¿
Caio resolveu puxar assunto quando
o silencio se estendeu por mais de um minuto na sala.
- Saímos bem cedo e tudo
transcorreu bem, sem transito nem acidentes no caminho, mas confesso que
dirigir por tantas horas seguidas cansa um bocado, ainda mais depois de uma
noite mal dormida. – Tulio respondeu automaticamente, olhando de soslaio para
Alice.
Alice pigarreou e Caio ergueu uma
sobrancelha para os dois com a cara fechada.
- Mas não é sobre isso que viemos
conversar com você, meu filho, eu e o Tulio – Alice segurou as mãos de Tulio
entre as suas, apertando um pouco – temos um assunto muito sério para tratar
com você.
- Eu imagino que deva ser. – Caio
estava seco.
Beatriz se mexeu desconfortável na
cadeira, sentia-se uma intrusa na sala. Tentou levantar para sair, mas Caio
segurou a mão dela e a puxou de volta para o sofá.
- Fique, meu bem, não há porque
você sair. Você é parte importante da minha vida agora, talvez a mais
importante, você pode e deve saber de qualquer coisa que eles tenham para me
contar.
- Bom então vamos começar. O que
eu e Tulio temos para lhe contar é a respeito do seu pai.
- O que ele pode ter para contar sobre o meu pai¿ Tulio nem o conheceu! O
que está acontecendo aqui mãe¿
Caio se empertigou na cadeira,
ajeitando os ombros e parecendo mais alto e ameaçador, queria passar a
impressão de plena segurança, mas na realidade temia o que a mãe lhe diria a
seguir.
- Tulio sabe mais do que você
pensa, porque ele é seu pai biológico. Foi ele quem gerou você, que é o que eu
tenho de mais importante nessa vida.
Caio não se moveu e sua expressão
quase não se alterou, apenas Beatriz viu o maxilar dele se contrair com a
revelação.
- Tulio soube que era seu pai há
poucos anos, na verdade quando você estava procurando emprego na área
gastronômica, com o seu histórico policial ninguém queria te dar emprego e eu
tive que recorrer a ele, e explicar porque estava pedindo.
- E o Alberto¿
- O Alberto sempre foi meu amigo e
soube de tudo desde o começo, ele se ofereceu para casar comigo e criar você.
Eu fui muito feliz com ele, durante todo o tempo em que estivemos casados, a
morte dele foi muito difícil de superar.
- Então vocês também estão juntos¿
A voz de Caio tinha um tom gelado,
quase mortal.
- Sim, estamos juntos.
Foi Tulio a responder a ultima
pergunta.
- Eu amo a sua mãe, há mais de 25
anos e nos encontrarmos de novo fez com que o sentimento que estava adormecido
despertasse ainda mais forte que antes.
Caio assentiu, mas não disse
palavra durante algum tempo, apenas ficou olhando para o chão, com o tornozelo
apoiado sobre uma das pernas e as mãos apoiadas sobre elas.
Quando finalmente ergueu o olhar,
Caio disse.
- Bom se era só isso que vocês
tinham para contar, então já podem ir embora.
Beatriz olhou para Caio confusa e
horrorizada. Nunca o vira tratar alguém daquela forma, com exceção de Daniel,
mas ele era um crápula e merecia o pior tratamento do mundo, já Alice era mãe
dele estava sofrendo com aquela situação, Bia podia ver nos olhos dela.
- Caio, por favor filho, tente
entender.
Alice estava tentando apelar para
o bom senso de Caio, mas parece que ele tinha fugido no instante em que ela lhe
contara a verdade.
- Podem ir embora.
Caio virou as costas e saiu, subiu
as escadas em direção ao quarto, Beatriz conseguiu ouvir a porta se fechar de
leve.
- Me desculpe por isso Alice, eu
vou tentar conversar com ele. Fico feliz por vocês dois terem se acertado,
espero que tudo dê certo.
- Obrigada querida, você faz muito
bem pra ele.
Alice abraçou Beatriz e algumas
lágrimas escorreram por sua bochecha, antes de se virar, dar o braço a Túlio e
saírem pela porta.
Assim que ficou sozinha na sala,
Beatriz respirou fundo. Não sabia o que fazer. Aquela revelação a tinha pego de
surpresa tanto quanto a Caio. Mas ela podia entender os motivos de Alice,
afinal ela estava sozinha, sem o pai da criança, que nem ao menos sabia da
gravidez. A coisa mais sensata que podia fazer era garantir uma criação digna e
um pai presente para seu filho.
Mas pelo visto Caio não via as coisas
dessa forma.
Beatriz foi até a cozinha,
preparou um chá, colocou numa travessa o bule, pires, duas xicaras, colherinhas
e açúcar e subiu as escadas rumo ao quarto. Precisava conversar com Caio,
apoia-lo, saber o que sentia e o que estava pensado com relação a tudo aquilo
que tinham ouvido.
Beatriz respirou fundo antes de
bater na porta do quarto e entrar. Aquela tarefa não seria fácil, mas era papel
dela estar presente, da mesma forma que caio fizera quando ela precisou dele. E
Beatriz estava preparada para dar a ele todo o apoio que quisesse, independente
da aceitação dele ao fato de Tulio ser seu pai biológico.
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Boa semana a todos!
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sexta-feira, 7 de junho de 2013
Capítulo 12 - Parte 9
Quando chegaram em casa, foram
direto para o quarto, precisavam ter certeza que estavam bem, e para os dois, o
melhor jeito para saber era na cama.
Subiram tropeçando as escadas,
entre beijos quentes e mãos que passeavam por todo o corpo um do outro,
apalpando, sentindo, desejando.
A frustração e a raiva que havia
os acompanhado durante todo o dia estava presente em cada toque, se esvaindo
acompanhada de toda a excitação que emanava de cada poro dos corpos que se
chocavam a cada nova investida provocante de um contra o outro.
Quando entraram no quarto, estavam
sem fôlego, levemente tontos e se esforçando para acalmar suas respirações
incertas.
Olharam-se apenas por alguns instantes e sorriram, antes
de se atracarem novamente, Caio conduzindo Beatriz até a cama, tropeçando nas
roupas e calçados que estavam espalhados pelo chão.
Ele a empurrou e Bia caiu de costas na cama. Caio tirou
os tênis dela, seguidos das meias e das calças, deixando-a apenas de calcinha e
camiseta. Antes de deitar-se sobre ela, tirou toda a roupa, rápido como num
piscar de olhos.
Quando estava sobre Beatriz, ela sentiu a ereção já
evidente dele pressionando a pele da sua coxa e sorriu, passando a língua pelos
lábios.
Começando pelos pés, Caio beijou-a, explorando com a
língua cada pedaço de pele descoberta, fazendo Beatriz se arrepiar e contorcer
com as deliciosas descargas elétricas que ela sentia em todas as terminações
nervosas do corpo.
- Espera um pouco Caio.
Caio se afastou o suficiente para Beatriz sentar-se
rapidamente e tirar a calcinha, a camiseta e o sutiã, ficando nua finalmente.
Caio sorriu, mostrando todos os dentes e mergulhou na
tarefa de lambê-la, chupá-la e beijá-la por inteiro.
Beatriz gemeu alto, quando a boca dele atacou sua vagina,
com lambidas lentas, rodeando o clitóris ora suavemente, ora com leve pressão
da língua.
Quando ele introduziu um dedo na sua abertura úmida, ela
se agarrou aos cabelos de Caio e o pressionou ainda mais contra seu sexo.
-Calma minha garota, calma.
Beatriz estava quase chegando ao clímax, quando Caio
parou repentinamente o que estava fazendo e se afastou dela, que não conseguiu
esconder um gemido frustrado.
- Ah! Não! Porque parou¿
Caio soprou suavemente o clitóris dela, ajudando-a a
acalmar a necessidade quase desesperada que Beatriz sentia de gozar.
Assim que conseguiu controlar sua respiração, Beatriz
levantou-se da cama, puxou Caio pelos braços para que ele deitasse e então foi
a vez dela de agrada-lo com a boca.
Com beijos suaves nas coxas, subindo para a virilha,
chupando os testículos dele, enquanto masturbava-o com uma das mãos.
Caio gemeu quando Bia passou a língua pela ponta do seu
pênis, sugando-o com força logo em seguida.
Enquanto ia e vinha com a boca no sexo dele, Caio se
controlava para não gozar na boca dela.
- Caralho Bia! – Ele sibilou entre dentes, enquanto ela
engolia-o quase por inteiro.
Quando estava quase atingindo o clímax, Caio segurou
Beatriz pelos ombros e a empurrou suavemente para trás, apenas o suficiente
para poder sair da posição em que estava e puxar Beatriz para baixo dele na
cama.
Quando Caio deslizou para dentro dela, Beatriz recebeu-o
com um gemido, movimentando-se de encontro a ele, batendo os seus quadris
contra o corpo do namorado, produzindo um baque quando a pele dos dois se
encontrava.
Aos poucos a cadencia foi aumentando, Caio impunha um
ritmo acelerado, com força, sentindo todo o calor de Beatriz e fazendo-a
aprecia-lo por inteiro.
- Você é muito gostosa! – Caio disse no ouvido de Beatriz
entre uma mordida e outra.
Beatriz gemeu e beijou o pescoço dele, deixando ali um
suave chupão, apenas uma marquinha vermelha, que não duraria mais que um dia.
Quando aos poucos, aquela sensação já conhecida do clímax
foi crescendo e reverberando dentro deles, como ondas de prazer, Caio e Beatriz
estavam ofegantes, agarrados, como se quisessem se fundir em um só, o que, de
certa forma realmente estava acontecendo.
A sensação de prazer intenso se instalou primeiro em
Beatriz, que foi invadida pelo orgasmo, como se uma tempestade a tivesse
atingido em cheio, com relâmpagos estremecendo suas terminações nervosas,
fazendo-a tremer por inteiro enquanto gozava ruidosamente sob Caio.
Vê-la se perdendo daquela forma foi o suficiente para que ele se
entregasse a sensação do orgasmo que chegou atordoando os sentidos de Caio,
deixando-o desnorteado por alguns instantes, enquanto gemia e gritava o nome de
Bia, se derramando dentro dela em movimentos certeiros e precisos, até desabar
de cansaço e satisfação ao lado da amada.
Antes que seus corações se acalmassem por completo, Caio
rolou para o lado de Bia na cama, abraçou-a e ambos adormeceram, plenamente
satisfeitos e com a certeza de que estavam bem sim, a pequena crise ocorrida
mais cedo estava superada e toda a raiva e frustração resultantes da briga
havia sido dispersa.
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O restante da semana passou rapidamente e quando viram,
já era sábado, dia de folga.
Durante a semana, Caio e Beatriz haviam ido todos os dias
na academia. Bia já tinha uma bela noção de defesa pessoal, estava encaixando
golpes certeiros em alguns contra-ataques e as aulas de Krav Maga iam muito
bem. Caio estava orgulhoso do progresso dela.
Beatriz era dedicada aos exercícios, repetia inúmeras vezes
todos eles até ter a certeza que estava fazendo as movimentações corretas. E
ele adorava a persistência dela.
O Cucina Dolce estava indo muito bem também, a semana
havia sido agitada, como sempre, mas todos os problemas haviam sido contornados
pelo trabalho conjunto do casal no comando. Sempre dividiam as questões a serem
resolvidas e discutiam tudo antes de tomar alguma decisão.
A parceria dos dois dava muito certo.
Chef Tulio voltaria naquela tarde para São Paulo e
segundo o que falara ao telefone com Caio durante aquela semana, tinha uma
novidade para compartilhar com ele e Beatriz.
Caio havia ficado intrigado com aquilo, algumas ideias
sobre o envolvimento da sua mãe naquela novidade passaram por sua cabeça, mas
ele descartou a possibilidade, pois pelo que conhecia de Chef Tulio, ele jamais
se envolveria a serio com mulher alguma.
Mas Caio nem desconfiava os motivos reais daquela
conversa e todas as novidades que o aguardavam. Sua vida mudaria muito depois
do encontro com Chef Tulio, ninguém podia imaginar o quanto.
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Logo irei terminar este capitulo, e para os próximos tenho umas niovidades pra vcs, mas tudo a seu tempo, aproveitem a leitura e bom fim de semana a todos!
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