terça-feira, 14 de maio de 2013

Capítulo 11 - Parte 10


Quando se afastaram, estavam ambos sem fôlego, rindo sem motivo aparente.
Beatriz saiu do colo de Caio e voltou para seu assento, prendeu o cinto e o olhou por alguns instantes.
 Ele a estava fitando com malícia.
 Os olhos de Beatriz percorreram o corpo dele e se fixaram no ponto em que a sua excitação ficava evidente. Beatriz corou e foi presenteada com uma risadinha que demonstrava o quanto ele se divertia com o constrangimento dela diante daquela situação que para ele, era comum ainda mais quando Beatriz estava por perto.
Caio prendeu seu cinto de segurança ainda rindo, ligou o carro, deu seta e entrou lentamente na rodovia.
Seguiram tranquilamente até estarem novamente perto da rua onde ficava a feira, rodaram por mais alguns metros e Caio entrou em um estacionamento que ficava por ali. Não queria correr o risco de deixar o carro na rua, caso Daniel tentasse encontra-los não veria o carro.
Desceram e, de mãos dadas seguiram a pé por alguns metros até chegarem a feira. Ainda não tinham decidido qual seria o prato principal para o jantar que iriam preparar para os colegas do restaurante e não estavam a fim de discutir, então entreolharam-se.
-  O que você acha de fazer os dois¿ - Caio sugeriu para Beatriz
- Acho ótimo – Ela sorriu para ele, mostrando todos os dentes e fazendo-o sorrir majestosamente de volta.
E assim fizeram, passaram em diversas barracas de temperos, legumes e especiarias, comprando tudo o que desejavam para suas receitas. Compraram também algumas verduras para a salada e também frutas para a sobremesa que preparariam juntos.
Ao saírem dali, buscaram o carro no estacionamento e seguiram até uma casa de carnes nobres, onde comprariam os filés de salmão e a vitela.
Quando já estavam abastecidos com tudo o que precisavam, seguiram de volta para casa, impressionados com a quantidade de coisas que haviam nas sacolas e com o valor de tudo.
A família de ambos era abastada, o pai de Beatriz era empresário e a mãe de caio, além de ter herdado uma pequena fortuna de seu falecido marido havia guardado uma boa quantia dando aulas e ministrando palestras em diversos países sobre Dante.
Embora tivessem acesso a bens materiais nenhum dos dois gostava de ostentar sua situação financeira, tanto que ambos moravam em um prédio bastante simples antes de toda a confusão com Daniel começar.
A única coisa que denunciava a condição de Caio era sua moto, da qual ele não abria mão. Sempre fora apaixonado pela liberdade e quando essa vinha com um toque de perigo então, sua satisfação era plena. E a sua moto lhe proporcionava as duas coisas em uníssono, sendo que não conseguia conceber viver sem seu veiculo preferido.
A casa onde viviam agora, era da mãe de Caio, herdada do falecido marido, mas quando ela se mudou para uma cidade mais afastada, manteve os empregados e obrigou Caio a se mudar para á assim que possível, pois ela odiava o apartamento em que ele vivia. Mas ele nunca conseguiu entender muito bem o porque.
Caio estava começando a acertar a sua vida e se despegar do seu pequeno apartamento quando um furacão de olhos claros e cabelos cacheados trombou com ele na saída do Cucina Dolce, fazendo sua vida mudar completamente a partir daquele momento.
E agora, ali estava ele, a observando desempacotar tudo o que haviam comprado naquela tarde para o jantar que haveria mais tarde na casa que ele agora dividia com ela.
Um sentimento de satisfação brotou dentro dele. Apesar de todos os riscos que andavam correndo nos últimos dias a vida ao lado de Beatriz estava se mostrando muito melhor do que ele podia imaginar.
Ela era doce e companheira, apreciava quase as mesmas coisa que ele e o gosto musical de ambos combinava como nenhum outro. E tinham também os atributos físicos, que nunca estiveram em primeiro plano para ele mas, sim, sempre contribuíam para o sucesso em suas relações e ele podia, sem dúvidas,  encher a boca pra dizer que ela era linda.
Enquanto Caio estava disperso em pensamentos, Beatriz  guardava tudo o que haviam comprado cuidadosamente.
Assim que tudo estava em seu devido lugar, chegou perto de Caio, que estava encostado em um dos balcões da cozinha e o abraçou, fazendo-o voltar sua atenção para ela e esquecer o que quer que fosse que estivesse remoendo.
- Então, vamos sentar, tomar um café e decidir o menu pra essa noite¿ - Elas sorriu com a expressão de frustração fingida no rosto dele.
- Vamos, sim, que escolha eu tenho. – Ele disse balançando a cabeça, sustentando a expressão frustrada e arrancando um sorriso ainda mais largo de Beatiz.
Enquanto o aroma de café vindo da máquina de expresso tomava conta do ar, fazendo com que Caio e Beatriz salivassem, eles começaram a discutir o que serviriam aos amigos naquela noite.
Assim que os expressos ficaram prontos, Caio os trouxe até a mesa e ambos degustaram em silencio, apreciando cada gole daquele café delicioso.
Quando terminaram acertaram os últimos detalhes sobre o jantar e chamaram Marie para informa-la que seria desalijada da sua cozinha mais a noite.
Riram muito da expressão de incredulidade que ela fez ao contarem que seriam eles a cozinhar aquela noite.
Ela contestou, como eles já esperavam e ficou acertado então que ela os ajudaria no que precisassem e serviria tudo a eles e aos convivas.
Quando chegaram a um acordo aceitável ela sorriu e se retirou para o jardim, onde estava trabalhando em uma pequena horta com temperos e algumas hortaliças que havia plantado.
Caio e Beatriz se entreolharam e viram um sorriso lascivo brotar nos olhos um do outro enquanto se encaravam e imaginavam mil e uma formas de passar o resto da tarde juntos, de preferencia na cama.
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Desculpem a demora de hoje amores, mas meu dia foi dificil e eu tenho uma decisão pra tomar que está tirando meu sono.
mas está ai, aproveitem a leitura.
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