Quando se afastaram, estavam ambos
sem fôlego, rindo sem motivo aparente.
Beatriz saiu do colo de Caio e
voltou para seu assento, prendeu o cinto e o olhou por alguns instantes.
Ele a estava fitando com malícia.
Os olhos de Beatriz percorreram o corpo dele e
se fixaram no ponto em que a sua excitação ficava evidente. Beatriz corou e foi
presenteada com uma risadinha que demonstrava o quanto ele se divertia com o
constrangimento dela diante daquela situação que para ele, era comum ainda mais
quando Beatriz estava por perto.
Caio prendeu seu cinto de
segurança ainda rindo, ligou o carro, deu seta e entrou lentamente na rodovia.
Seguiram tranquilamente até
estarem novamente perto da rua onde ficava a feira, rodaram por mais alguns
metros e Caio entrou em um estacionamento que ficava por ali. Não queria correr
o risco de deixar o carro na rua, caso Daniel tentasse encontra-los não veria o
carro.
Desceram e, de mãos dadas seguiram
a pé por alguns metros até chegarem a feira. Ainda não tinham decidido qual
seria o prato principal para o jantar que iriam preparar para os colegas do
restaurante e não estavam a fim de discutir, então entreolharam-se.
-
O que você acha de fazer os dois¿ - Caio sugeriu para Beatriz
- Acho ótimo – Ela sorriu para
ele, mostrando todos os dentes e fazendo-o sorrir majestosamente de volta.
E assim fizeram, passaram em
diversas barracas de temperos, legumes e especiarias, comprando tudo o que
desejavam para suas receitas. Compraram também algumas verduras para a salada e
também frutas para a sobremesa que preparariam juntos.
Ao saírem dali, buscaram o carro
no estacionamento e seguiram até uma casa de carnes nobres, onde comprariam os
filés de salmão e a vitela.
Quando já estavam abastecidos com
tudo o que precisavam, seguiram de volta para casa, impressionados com a
quantidade de coisas que haviam nas sacolas e com o valor de tudo.
A família de ambos era abastada, o
pai de Beatriz era empresário e a mãe de caio, além de ter herdado uma pequena
fortuna de seu falecido marido havia guardado uma boa quantia dando aulas e
ministrando palestras em diversos países sobre Dante.
Embora tivessem acesso a bens
materiais nenhum dos dois gostava de ostentar sua situação financeira, tanto
que ambos moravam em um prédio bastante simples antes de toda a confusão com
Daniel começar.
A única coisa que denunciava a
condição de Caio era sua moto, da qual ele não abria mão. Sempre fora
apaixonado pela liberdade e quando essa vinha com um toque de perigo então, sua
satisfação era plena. E a sua moto lhe proporcionava as duas coisas em
uníssono, sendo que não conseguia conceber viver sem seu veiculo preferido.
A casa onde viviam agora, era da
mãe de Caio, herdada do falecido marido, mas quando ela se mudou para uma
cidade mais afastada, manteve os empregados e obrigou Caio a se mudar para á
assim que possível, pois ela odiava o apartamento em que ele vivia. Mas ele
nunca conseguiu entender muito bem o porque.
Caio estava começando a acertar a
sua vida e se despegar do seu pequeno apartamento quando um furacão de olhos
claros e cabelos cacheados trombou com ele na saída do Cucina Dolce, fazendo
sua vida mudar completamente a partir daquele momento.
E agora, ali estava ele, a
observando desempacotar tudo o que haviam comprado naquela tarde para o jantar
que haveria mais tarde na casa que ele agora dividia com ela.
Um sentimento de satisfação brotou
dentro dele. Apesar de todos os riscos que andavam correndo nos últimos dias a
vida ao lado de Beatriz estava se mostrando muito melhor do que ele podia
imaginar.
Ela era doce e companheira,
apreciava quase as mesmas coisa que ele e o gosto musical de ambos combinava
como nenhum outro. E tinham também os atributos físicos, que nunca estiveram em
primeiro plano para ele mas, sim, sempre contribuíam para o sucesso em suas
relações e ele podia, sem dúvidas, encher a boca pra dizer que ela era linda.
Enquanto Caio estava disperso em
pensamentos, Beatriz guardava tudo o que
haviam comprado cuidadosamente.
Assim que tudo estava em seu
devido lugar, chegou perto de Caio, que estava encostado em um dos balcões da
cozinha e o abraçou, fazendo-o voltar sua atenção para ela e esquecer o que
quer que fosse que estivesse remoendo.
- Então, vamos sentar, tomar um
café e decidir o menu pra essa noite¿ - Elas sorriu com a expressão de
frustração fingida no rosto dele.
- Vamos, sim, que escolha eu tenho.
– Ele disse balançando a cabeça, sustentando a expressão frustrada e arrancando
um sorriso ainda mais largo de Beatiz.
Enquanto o aroma de café vindo da
máquina de expresso tomava conta do ar, fazendo com que Caio e Beatriz
salivassem, eles começaram a discutir o que serviriam aos amigos naquela noite.
Assim que os expressos ficaram
prontos, Caio os trouxe até a mesa e ambos degustaram em silencio, apreciando
cada gole daquele café delicioso.
Quando terminaram acertaram os últimos
detalhes sobre o jantar e chamaram Marie para informa-la que seria desalijada
da sua cozinha mais a noite.
Riram muito da expressão de
incredulidade que ela fez ao contarem que seriam eles a cozinhar aquela noite.
Ela contestou, como eles já
esperavam e ficou acertado então que ela os ajudaria no que precisassem e
serviria tudo a eles e aos convivas.
Quando chegaram a um acordo aceitável
ela sorriu e se retirou para o jardim, onde estava trabalhando em uma pequena
horta com temperos e algumas hortaliças que havia plantado.
Caio e Beatriz se entreolharam e
viram um sorriso lascivo brotar nos olhos um do outro enquanto se encaravam e
imaginavam mil e uma formas de passar o resto da tarde juntos, de preferencia
na cama.
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Desculpem a demora de hoje amores, mas meu dia foi dificil e eu tenho uma decisão pra tomar que está tirando meu sono.
mas está ai, aproveitem a leitura.
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