Logo, Caio e Beatriz observavam o
avião em que Lara e iara estavam taxiar na pista, preparando-se para decolar de
volta à Santa Catarina.
Bia suspirou pesadamente, os
ombros curvados, a cabeça baixa. Caio
segurou o queixo dela com o dedo indicador dobrado e ergueu a cabeça
dela para cima suavemente, até seus olhos encontrarem os dela.
- Não á porque fiar chateada, elas
vão ficar melhor lá, ficarão em segurança, o que aqui, nós dois sabemos que
podia não acontecer.
Beatriz suspirou mais uma vez.
- Eu sei, só que também estou
cansada de sempre fugir, me esconder dele, eu queria poder enfrenta-lo, de
igual pra igual, provar que eu não sou fraca, como ele sempre me disse e acabo
sempre fazendo com que pareça que sou exatamente isso. Me escondendo e aos que
amo, com medo que ele possa me tirar mais alguma coisa.
- Não pense assim, meu bem, não é
isso o que está acontecendo, elas podem sim, estar voltando por medo, mas você
não, você, nós estamos nos preparando para enfrenta-lo, estamos nos
fortalecendo juntos, você já sabe se defender um pouco e com certeza eu posso
dar uma bela surra naquele filho da puta caso ele se aproxime de você.
Caio sorria, confiante, Beatriz
podia ver os olhos dele brilhando com fúria, toda a raiva que ele tinha de
Daniel, era a mesma que ela guardava há tantos anos.
Eles iriam pegá-lo sim, cedo ou
tarde Daniel iria pagar por todo o estrago que tinha feito na vida dela e ambos
mal podiam esperar para que esse momento chegasse.
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Alice não havia entendido o que
estava acontecendo naquela casa pela manhã. Depois da sua breve discussão com o
filho, ela pode ouvir o choro da mãe de Beatriz, uma discussão e logo, tudo
havia ficado quieto de novo.
A principio ela não deu
importância a tudo aquilo, pensou ser apenas uma discussão sem pé nem cabeça,
como ela mesma havia tido com o filho anteriormente naquela manhã, mas assim
que viu Lara e Iara arrumando as malas no quarto, soube que algo estranho
estava acontecendo.
Alice tentou sondar alguma coisa
com Caio, mas o filho não lhe deu explicação alguma para o que estava
acontecendo. Ele havia se limitado a dizer a ela que Lara achava melhor voltar
pra casa com a filha mais nova e ele e Beatriz achavam melhor não interferir.
Mas Alice não acreditou naquela
desculpa.
Mas ela também iria embora logo,
tinha os próprios problemas para resolver e não devia ser nada mais que um
briga feia entre mãe e filha, talvez por causa da decisão repentina de Caio e
beatriz em morarem juntos, ou algo assim.
Alice almoçou sozinha aquele dia.
Mal conseguiu engolir a comida, pois logo mais Tulio viria busca-la para que
viajassem juntos.
Seu coração estava aos saltos, um
frio na barriga constante estava aumentando e se tornando quase impossível de
ignorar. Suas ,mãos suavam e ela mal podia se conter de tanto entusiasmo. Já
não se lembrava ais qual tinha sido a ultima vez m que se sentira assim. Pelo
que vinha em sua cabeça, com seu antigo marido, jamais sentira.
Quando a hora marcada para que
Tulio viesse apanha-la estava chegando, ela foi até o quarto se arrumar e
colocar umas ultimas coisas na mala, em pouco tempo, ela escutou a campainha.
Marie atendeu, era Tulio. E estava
maravilhoso.
Uma camisa escura, calças jeans
numa lavagem escura, botas pesadas e jaqueta de couro.
“Hmm, dominador, como eu me
lembrava”. – Alice pensou ao ver a silhueta alta e forte parada na porta.
Assim que Tulio a viu, um sorriso
feroz se espalhou por seu rosto, fazendo-a se contorcer.
Ele caminhou para dentro da casa,
com passadas largas e firmes e pegou a mão que Alice estendeu para lhe
cumprimentar e beijou-a suavemente.
Um arrepio se estendeu da mão,
para o braço e depois para todo o corpo de Alice, ela recolheu a mão
apressadamente, temendo que Tulio pudesse senti-la estremecer.
- Está pronta¿ - a voz grave de
Tulio soou baixa e rouca, parecia querer
dizer muito mais do que Alice estava entendendo.
- Sim, estou, só preciso pegar
minha mala. – Assim que ela se encaminhou para porta onde encontrava-se sua
mala, Tulio segurou seu braço delicadamente e se antecipou.
- Pode deixar que eu levo. – Ele
segurou a mala como se ela não tivesse peso algum, Alice passou por ele e saiu
porta afora, em direção ao carro. Logo ele a alcançou e colocou a mão na base
de suas costas, guiando-a até o carro.
Tulio abriu a porta do carro para
ela e assim que Alice estava devidamente aconchegada no banco ao lado do
motorista, ele bateu a porta e foi colocar a mala dela no bagageiro.
Enquanto ele dava a volta no
carro, Alice suspirou profundamente, tentando acalmar a confusão que sentia por
dentro.
Não funcionou.
Ela estava nervosa, até demais.
“ Calma, mulher, é só um homem” –
ela repetia mentalmente tentando se acalmar.
Quando ele abriu a porta do
motorista e se aconchegou ao seu lado, o perfume dele adentrou suas narinas e
inebriou os seus sentidos.
Ele cheirava a chuva, a grama recém cortada e
um pouco de hortelã. Uma combinação estranha, mas irresistível se vinda dele.
Tulio cheirava a homem, pura e simplesmente isso. Um cheiro que a fazia
sentir-se ainda menor do que era perto dele, e ela adorava aquela sensação.
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Aí amores, amanhã tem mais!
=O**
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