quinta-feira, 23 de maio de 2013

Capítulo 11 - Parte 18


Assim que tudo estava pronto, Caio foi até a cozinha em busca de Beatriz e a encontrou numa conversa mito animada com sua mãe.
- Nossa que coincidência, eu adoro aquela região, já fui pra lá muitas vezes e sempre que posso eu volto.- Alice  estava muito empolgada na conversa, tinha um sorriso largo no rosto e os olhos brilhavam como duas pedras preciosas.
- Deveríamos ir juntas lá qualquer dia, pois conheço alguns lugares em que geralmente não levam os turistas, só a população local conhece.- Beatriz a respondeu com o mesmo brilho no olhar e Caio percebeu que elas haviam descoberto alguma coisa que ambas se interessavam  genuinamente.
- Eu acharia ótimo, podemos combinar sim.
-Epa, mas eu vou junto – Caio se intrometeu na conversa, entrando na cozinha e sentando-se num banco atrás de Bia, puxando-a para seu colo.
- Quanto a isso nós ainda temos que discutir – Alice falou em tom brincalhão, Caio estreitou um pouco os olhos e olhou para Bia.
- E o que vocês pensam em aprontar nesse lugar de tão bom assim hein¿ - Beatriz deu uma risadinha e olhou para Alice com cumplicidade.
- Seu eu contasse perderia a graça. – Caio estreito um pouco mais o olhar e franziu a testa.
- Hmm, muito bem então, acho que teremos que levar essa questão mais afundo, mais vai ter que ficar pra mais tarde, porque agora, meu bem, temos que sair.
Beatriz identificou naquelas palavras uma deliciosa ameaça para mais tarde, mas como Caio havia dito, teria que esperar.
- Então vamos, com licença Alice, até mais tarde. – Beatriz levantou-se e deu um beijinho no rosto da mãe de Caio.
Ele repetiu o gesto da moça e saíram de mãos dadas em direção à garagem.
- Pra onde vamos¿ - Beatriz estava muito curiosa e isso transparecia claramente em sua voz.
Caio apenas riu e balançou a cabeça, não iria contar nada.
Beatriz resolveu não insistir, iria descobrir logo, de uma forma ou outra.
Caio a olhou por alguns instantes e ficou sério antes de falar.
- O Pedro vai nos acompanhar a distancia com outro carro, caso aquele cretino resolva nos seguir de novo e eu pedi para ele contratar também mais um homem para ajudar na segurança.
Beatriz abriu a boca para protestar, mas Caio a silenciou colocando um dedo em frente aos seus lábios.
- Não discuta sobre isso, não quero que corra nenhum risco até termos dado um jeito na situação. De agora em diante será assim, aonde formos, teremos segurança. – Caio estava muito sério, o olhar endurecido, ele não abriria mão daquilo.
- Até no Cucina Dolce¿ - Beatriz parecia assombrada.
- Sim, até no restaurante. – Ele a fitou por alguns instantes para avaliar a reação de Bia. Ela baixou o olhar para o chão e balançou a cabeça resignada.
Caio a conduziu até o Veloster e abriu a porta do passageiro, assim que  ela estava acomodada ele fechou a porta e se afastou um pouco do carro, pois Pedro estava parado a alguns metros de distância, acompanhado de um homem vestindo um terno preto.
Beatriz observou o homem desconhecido por alguns instantes e chegou a conclusão que ele deveria ser o novo segurança. Ele tinha a pele morena, quase negra, olhos pretos grandes e cabelos em dreads curtos. Era forte e alto e tinha uma aparência séria e profissional.
Caio se aproximou dos dois e apertou a mão de ambos. Conversou com os dois por alguns instantes e perguntou alguma coisa para Pedro. Beatriz se assustou quando viu ele e o outro homem colocarem uma das mãos na parte de dentro do terno e retirarem uma arma cada um.
Caio olhou para cada uma delas, assentiu com a cabeça despediu-se dos dois, que guardaram as armas nos coldres escondidos sob o terno e foram em direção ao outro carro.
Caio chegou ao Veloster e entrou.
Beatriz o encarou por alguns instantes antes de perguntar.
- Aquele era o novo segurança¿
- Sim, pode chamar ele de Velasquez.- Caio a olhou de canto, tentando avaliar a situação.
- E porque as armas¿ - Beatriz estava séria, olhando para a pilastra que havia à frente do carro estacionado.
- Para o caso de precisarmos de ajuda, não sabemos o quanto Daniel pode ser perigoso e é melhor sermos precavidos.- Caio suspirou, estava ficando irritado .
-  Eu não acho que seja necessário que eles carreguem armas, o Daniel não faria nada que pusesse  a própria vida em risco. – Beatriz não gostava daquela situação e achou melhor deixr claro seu ponto de vista.
Caio suspirou profundamente e respondeu num tom seco.
- Isso não vai mudar a minha decisão, eles vão sim levar as armas e nada que você fale vai interferir.
É, ele estava realmente muito irritado e Beatriz resolveu deixar o assunto de lado, pelo menos por enquanto, para evitar um atrito maior.
- Eu não desisti, ainda vamos conversar sobre isso. – Ela advertiu ele num tom brando.
Caio balançou a cabeça frustrado, ligou o carro e manobrou para sair da garagem.
Assim que ganharam a rua Beatriz virou-se para fita-lo, ele estava com os lábios fechados, formando uma linha rígida, os olhos não brilhavam de alegria, ele estava muito bravo mesmo.
Mas ela tinha que fazer um desvio e como ele estava dirigindo teria que informa-lo onde queria ir.
- Eu preciso ir a uma farmácia, aplicar meu remédio.
A expressão de Caio mudou para preocupação e ele a olhou imediatamente.
-Que remédio¿ VocÊ está doente¿ Porque não me contou¿
Beatriz riu com a  quase histeria dele e apressou-se em responder.
- Não estou doente, eu tomo anticoncepcional injetável e hoje é dia de fazer a aplicação mensal.
- Oh! Você nunca havia me dito isso.- Caio levantou as sobrancelhas, de fato eles não haviam tido aquela conversa, usaram preservativo nas primeiras vezes e depois acabaram não usando mais e ela achou que Caio tivesse deduzido que Bia fazia o uso de algum método contraceptivo.
- Você nunca me perguntou – Beatriz respondeu com o ar mais inocente que conseguiu fazer, mas estava segurando o riso.
Caio a olhou de soslaio e sorriu também.
- Quanto sarcasmo senhorita.
- Eu¿ Sarcástica¿ Impressão sua. – Agora ela ria abertamente, não podia se segurar.
-Então vamos a farmácia, por favor.
Caio sacou seu Iphone e ligou para Pedro, que os seguia no outro carro.
- Pedro, vamos fazer um breve desvio, apenas nos siga de longe.
Assim que deu seu recado, Caio desligou e Beatriz ficou imaginando se Pedro havia tido tempo de responder, ela achava que não.
Então sem avisar com antecedência Caio fez uma curva fechada para a esquerda, e Beatriz precisou se segurar para não bater contra a porta do veículo.
- Então vamos à farmácia resolver esse problema – Dito isso Caio acelerou um pouco mais, enquanto Beatriz ria baixinho ao seu lado.
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Aí amores, boa leitura e lembrem-se, duvidas em:
http://ask.fm/livrofascinio
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