Bia saiu do restaurante, passou
por uma padaria que ficava ao lado do seu prédio, comprou uma baguete e resolveu
fazer sanduíches para o jantar.
Chegando em casa, deixou as
compras na cozinha, foi ao quarto, vestiu um pijama, pantufas e foi preparar seus
sanduíches.
Preparou um molho com frango e
legumes, colocou alguns temperos que mantinha cuidadosamente guardados em
potinhos hermeticamente fechados (para que mantivessem todo o aroma), decorou os sanduíches com
azeitonas espetadas em palitos e serviu.
Saboreou o seu com calma,
apreciando cada pedaço, sentindo o gosto da mistura dos temperos e imaginando
que tantas outras combinações poderia fazer para os próximos sanduíches.
Bia estava acostumada a cozinhar
para a família e exagerou na porção de sanduíches, havia preparado o suficiente
para quatro pessoas. Pensou que seria bom conhecer os vizinhos e tentar ser
agradável, levantou-se e arrumou cuidadosamente a refeição em uma bandeja e
dirigiu-se ao apartamento em frente ao seu. Apertou a campainha e esperou
alguns momentos até que alguém abriu a porta. Ela ficou chocada com o que viu.
Quem atendeu foi aquele homem no
qual ela havia esbarrado mais cedo em frente ao Cucina Dolce e ele estava
apenas de cuecas.
-Oi, gostosa! Como você
demo...cacete! – Ele foi abrindo a porta e falando sem olhar quem estava
aguardando, ao ver Bia parada a sua frente com a bandeja nas mãos, arregalou os
olhos e bateu a porta apressadamente.
Beatriz ficou mortalmente
envergonhada. Virou-se e voltou ao seu apartamento correndo. Deixou a bandeja
sobre a mesa da cozinha e sentou-se no sofá, tentando se recompor.
Respirou fundo por alguns
instantes e começou a rir de si mesma, da situação e da visão que teve. Uma
visão e tanto diga-se de passagem.
Ligou a televisão afim de
assistir algum filme interessante que estivesse passando nos canais a cabo,
vagou por todos os que tinham programações que apreciava, mas não encontrou
nada. Decidiu preparar um chá. Foi até a cozinha e ligou a chaleira, enquanto
ia até o armário pegar uma xícara e o saquinho de chá a campainha tocou,
dirigiu-se a porta e ao atender ficou surpresa, era o vizinho, agora vestido
com bermuda jeans e camiseta.
Ele parecia encabulado, passava a
mão nos cabelos constantemente e tinha um sorriso torto estampado na cara.
-Eu...é, queria me desculpar pelo
jeito como atendi a porta, eu estava esperando alguém. – Ele parecia nervoso.
-Não tem problema, na verdade eu
é que não devia ter ido até seu apartamento incomodar à essas horas – Bia mirou
o relógio que ficava no corredor do prédio e marcava 20:00 horas.
- Tudo bem, meu nome é Caio, e o
seu? - ele lhe perguntou estendendo a mão, Bia a apertou e respondeu:
- Eu sou Beatriz, me mudei hoje,
fui até seu apartamento para me apresentar e levar uns sanduíches que preparei.
– Ela pensou por alguns instantes que deveria ter omitido esta ultima parte.
- Sanduíches? Adoro sanduíches! –
Ele abriu um largo sorriso, como o de um menino a quem se oferece um doce.
- Espere um segundo que vou
buscar na cozinha – Ela pegou os sanduiches que estavam sobre a mesa da cozinha
e levou até o rapaz, que esperava encostado ao batente da porta.
- Aqui está, eu estou acostumada
a cozinhar para mais de uma pessoa e exagerei quando preparei e pensei em
oferecer ao vizinho, como uma espécie de acordo para política de boa
vizinhança. – Bia disse e ofereceu ao rapaz um sorriso tímido.
- Ah! Claro! Fico muito
agradecido pelos sanduíches. Acho que vou pra casa então, obrigada e desculpe
novamente pelo mal jeito.- Caio virou-se, parou, olhou novamente para Bia e
disse:
- Espero vê-la mais vezes. – E
saiu em direção ao seu apartamento.
Beatriz ficou ali, parada à porta
observando o vizinho se afastar, o jeito despreocupado que caminhava e as
formas de seu corpo . Até que se deu conta que Caio a estava fitando da porta
de seu apartamento e rindo. Ela sentiu-se corar, entrou e fechou a porta. Foi
diretamente ao banheiro, lavou o rosto, escovou os dentes e resolveu dormir.
Teve um sono agitado, pensando em
como seria seu primeiro dia, como seriam os colegas e tudo mais o que estava
por vir, Bia era consciente do ambiente hostil que podia se formar dentro de
uma cozinha em dias de muito e isso a
deixava ansiosa.
Beatriz acordou com o sol iluminando
seu rosto através da cortina que era fina demais, abriu um dos olhos, mirou a
janela por onde a claridade entrava e bufou em protesto, virou para o outro
lado da cama, mas já estava desperta, então levantou, dirigiu-se ao banheiro e
enquanto escovava os dentes lembrou-se do encontro da noite anterior com o seu
vizinho da frente. Riu com a lembrança. Usou o banheiro e foi até a cozinha
preparar seu desjejum.
Optou por waffles com calda de
framboesa e café com leite, preparou a massa rapidamente e a assou, utilizou
calda de framboesa que havia trazido da casa dos pais e que preparara com as
frutas que colhera da arvore do pomar da avó.
Dispôs tudo na mesa, sentou-se e comeu com calma, gostava de saborear
tudo o que preparava, analisava tudo enquanto comia, a textura, o sabor, a
consistência, o que podia ser melhorado e o que estava perfeito.
Depois de alimentar-se resolveu procurar uma
feira livre, queria comprar frutas e legumes frescos, além de temperos. --------------------------------------------------
Tá ai, a quem interessar.
Agora vão começar a aparecer novos personagens e vai aumentar a incidência de palavrões, e mais além vamos ter algumas cenas de sexo.
leiam e comentem
talvez faça mais uma hoje
beijos
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