Chef Tulio mal acreditou quando
escutou a ultima fofoca do restaurante.
- Vocês souberam que a Bia e o
Caio ficaram ontem lá na Dark Side e foram embora juntos, parecia que estavam
fugindo- Vitória, uma das chefs cochichava com os demais funcionários pouco
antes do início do expediente.
Ele estava passando pela porta da
cozinha quando escutou ela murmurar aos colegas. Sentiu a raiva crescer dentro
de si ao escutar aquilo.
Sabia que Caio era famoso por
nunca se envolver emocionalmente com mulher nenhuma. Era racional ao extremo,
sempre estava no controle de tudo, assim como ele. Deve ser a genética, pensou
consigo mesmo, mas afastou isso da cabeça, com medo que alguém pudesse ver em
sua expressão o que se passava.
Caio era filho de Chef Tulio, mas
ninguém sabia disso, nem o próprio Caio.
Tulio, quando mais jovem
envolvera-se com a mãe de Caio quando ela fora para a Itália passar uma
temporada de estudos. Ele tinha recém se formado em gastronomia e ela estava lá
para cursar pós graduação, queria se especializar em Dante, que por
coincidência possui o mesmo sobrenome dele, mas nenhuma linha de parentesco.
Foi essa coincidência que os fez
se encontrarem. Numa tarde, quando ela fazia pesquisa na biblioteca e ele fora
devolver um livro que havia emprestado. Ao dizer seu nome completo ela olhou
para ele e sorriu. Ele imediatamente se sentiu atraído por ela, resolveu que
deveria conhece-la. Foi até a mesa em que ela estava mergulhada em livros e se
apresentou.
Engataram uma conversa longa e
ele lhe explicou que não havia o parentesco algum entre ele e Dante Aligheri.
Aquela conversa terminou em um restaurante italiano aquela noite.
Muitas outras conversas
agradáveis sucederam aquela e em poucas semanas começaram a se relacionar como
casal. Durou 2 anos.
Se encontravam algumas vezes,
dormiam juntos e no outro dia cada um tomava seu rumo. Jantavam fora algumas
vezes mas nenhum dos dois queria um relacionamento de verdade, ela se dedicava muito aos estudos e ele
estava começando sua carreira, não havia tempo para sentimentos.
Quando ela terminou o curso e voltou ao Brasil
ele ficou na Itália, nunca mais a viu.
Soube sobre a paternidade de Caio
muitos anos depois, através de uma carta que ela mandara para seu endereço na
Itália.
Na carta ela lhe explicava que
ficou sabendo da gravidez já no Brasil e que acabou conhecendo alguém que
assumiu Caio.
Havia resolvido lhe contar porque
achou que ele tinha o direito de saber e queria lhe pedir que ajudasse Caio a
conseguir um emprego na área gastronômica.
Ele ficou surpreso e empregou o
rapaz em seu restaurante. Em pouco tempo descobriu que Caio realmente tinha
talento, talvez fosse até melhor que ele mesmo e isso o orgulhava muito, mesmo
não podendo confessar isso ao rapaz.
Agora estava ali, com raiva e
ciúme da relação do filho com a nova Chef, por quem ele sentia uma irresistível
atração, que vinha lhe tirando o sono e a concentração nos últimos dias.
Estava se sentindo frustrado ao final
do expediente, teria que dar um jeito de extravasar aquilo aquela noite, iria a
um clube privado. Parecia ser a melhor forma de aliviar aquilo que estava
sentindo, precisava de sexo, sem sentimentos apenas por fazer, sem beijos ou
demonstrações de afeto, odiava fazer aquilo, mas não conseguia pensar em outra
forma de melhorar seu humor.
Saiu do Cucina Dolce, foi para
casa, tomou um banho, vestiu-se e saiu, sem hora pra voltar.
Beatriz terminou de lavar os
últimos pratos na cozinha e foi ao vestiário, tirar seu avental e pentear os
cabelos que estavam amassados embaixo daquela bandana que usava para
protegê-los ao cozinhar.
Estava distraída, penteando-se e
pensando na noite anterior quando escutou a porta bater, estranhou pois só
haviam ela e o porteiro no Cucina Dolce aquelas horas. Antes de conseguir
terminar o pensamento sentiu um puxão no braço e o contato da boca de Caio na
sua, exigente, possessiva, desejosa.
Bia agarrou os cabelos dele e
puxou, fazendo-o gemer. Caio a empurrou contra a parede e ela estava entregue.
Beijava-a com fervor, mordendo os lábios, que começaram a inchar. Beatriz
correspondia á altura, movimentando a língua dentro da boca dele, explorando
cada espaço, entrelaçando-se à ele de tal forma que não conseguiam pensar em
mais nada que não fosse aquele beijo.
Caio havia planejado aquele
encontro durante todo o dia, deixando muita louça e pedindo para que Beatriz
lavasse antes de ir embora, queria que ela ficasse ali sozinha. Se despediu dos
colegas, mentiu ter um compromisso e ficou escondido esperando-a. Quando viu
que ela foi ao vestiário para se arrumar, esperou alguns minutos e entrou.
Ele havia pensado naquilo quando
encontrou ela no corredor do prédio indo para o trabalho e usando um vestido.
Havia sido um martírio ter de
fingir indiferença durante todo o dia quando a única coisa em que conseguia
pensar era nela á sua frente, com as pernas ao redor da sua cintura enquanto
transavam no vestiário. Por mais de uma vez precisou ir até o banheiro lavar o
rosto e tentar se acalmar.
Agora estavam exatamente onde ele
queria.
- Coloca as pernas na minha
cintura – Caio estava sem fôlego, e Beatriz também, ela sorriu e fez o que ele
lhe pediu.
Ele abriu a braguilha da calça,
moveu a calcinha dela para o lado e antes que pudessem perceber, estavam
mergulhados um no outro. Ele Segurava
Beatriz contra a parede, beijava seu pescoço, os ombros, mordiscava sua orelha.
Beatriz passou os braços ao redor
do pescoço de Caio e deixou-se levar, embalada por ele, apreciando cada nova
sensação que ele lhe proporcionava. Aos poucos sentiu que algo começava a crescer
dentro dela, procurando uma saída, suas pernas fraquejaram, ela apertou um
pouco mais aquele abraço e aos poucos o orgasmo chegou, avassalador, destruindo
qualquer linha de raciocínio, pulsando cada vez mais forte, fazendo com que ela
perdesse a noção de identidade por alguns minutos.
Caio sentiu que Beatriz chegava
ao clímax e começou a estocar com mais força, pra frente, pra trás, num ritmo
constante e implacável, até que ele mesmo chegou às alturas, gemendo e gritando
o nome dela.
Aos poucos escorregaram para o
chão, ele ainda dentro dela, Beatriz sentada no colo de Caio, ambos com as
respirações irregulares e o coração acelerado.
Ficaram ali tentando controlar
aquele sentimento que os deixava com medo, sem entender o que acontecia quando
estavam perto um do outro e torcendo para que pudessem fingir indiferença, pois
nenhum dos dois queria sofrer por amor mais uma vez.
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Está ai pessoal!
Obrigada pelas mensagens e pélo carinho, estou adorando escrever pra vocês!
=o****
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