terça-feira, 9 de abril de 2013

Capítulo 6 - Parte 1


CAPÍTULO 6 – UMA ADORÁVEL SURPRESA

Caio foi deixando uma trilha de beijos sobre os ombros de Beatriz, a beijou nos lábios e perguntou:

- Banho¿

Ela passou as mãos sobre os cabelos dele, que estavam magistralmente desalinhados e com um sorriso respondeu:

- Sim! Eu adoraria.

 Levantaram da cama, Caio retirou a camisinha e deu um nó na ponta, foram até o banheiro, onde ele a descartou na lixeira. Bia remexeu os armários e tirou de lá duas toalhas brancas e felpudas, entregou uma a Caio e virou-se para ligar o chuveiro. Regulou a água para que ficasse numa temperatura agradável e entrou.

Caio entrou logo em seguida, abraçou Bia e ambos passaram a dividir o jato de água quente.

Ficaram ali naquele abraço alguns minutos, felizes com aquela sensação de plenitude pós-coito, até que inesperadamente ele a empurrou até a parede do outro lado do box e a beijou intensamente, o corpo de Beatriz correspondeu ao dele na mesma intensidade.

-Meu Deus, eu quero muito você de novo, mas se começarmos, temo que amanhã nenhum de nós conseguirá ir trabalhar, pois não pretendo deixa-la dormir.- Caio falava enquanto mordia e beijava o pescoço de Beatriz.

- Eu também quero você, mas realmente não posso faltar sem ter completo uma semana no Cucina Dolce e iriam desconfiar se faltássemos os dois depois do que aconteceu na boate.- Ela estava sem fôlego, o que ele estava fazendo com ela¿ Porque sentia aquela necessidade tão grande de tê-lo perto dela,  senti-lo, abraça-lo¿

Estava confusa com aquele sentimento, tinha medo do que viria pela frente se não sufocasse o que estava martelando em seu peito.

Já havia se entregado uma vez por completo e se arrependia daquilo todos os dias. Havia perdido algo precioso demais e jamais se perdoaria por não ter reagido, ter deixado que fizessem aquilo com ela, ter sido fraca. Tinha prometido a si mesma que jamais se apaixonaria, ela tomaria as rédeas da própria vida e não deixaria ninguém atravessar aquela barreira que ela havia construído em cima de toda aquela dor.

Resolveu não pensar em tudo naquele momento, poderia apenas desfrutar e analisar a situação toda mais tarde, quando estivesse sozinha.. – É só uma transa, não tem nada demais, dois adultos, com afinidade sexual e muito tesão um pelo outro –

Caio estava remoendo sua discussão com Joana mais cedo e tinha que admitir, ela poderia estar certa. Talvez ele realmente gostasse de Beatriz.

Lembrou de como ela ficara furiosa, quando estavam na cama, se beijando, ele tirando a roupa dela, passando a mão por seu corpo e chamando o nome de Beatriz por engano. Ele nem percebeu o que havia feito, mas ela não deixara escapar.

E por aquela distração boba seu relacionamento estável e seguro (cada um no seu canto) havia terminado aquela tarde.

Desde que vira Beatriz pela primeira vez, quando ela esbarrou nele na frente do Cucina Dolce ele havia sentido muita atração por ela, aqueles olhos azuis o tinham deixado sem ar naquele breve encontro.

E qual não foi sua surpresa ao encontra-la em frente a sua porta a noite e, no outro dia no restaurante. Só podia ser destino! Mas ele nunca acreditara nessas coisas. O que estava fazendo¿ Por que se sentia assim, tão inseguro com aquilo tudo, parecia que tudo estava saindo de controle e ele nunca deixava que isso acontecesse. Caio começou a ter medo.

Resolveu esquecer, e se preocupar com aquilo quando estivesse sozinho, porque parado ali, na frente dela, sua mente se esvaziava e ele só conseguia pensar não várias maneiras que queria tê-la em seus braços, em sua cama.

Ele pegou a esponja, colocou o sabonete liquido que ela usava, que cheirava a flores, o perfume que sentia em todos os lugares desde que a conhecera, e começou lavá-la. Braços, pernas, barriga, seios, nádegas, o meio das coxas. Era tudo tão íntimo, tão sensual, ela se sentia livre, desejada. E adorava aquilo.

Quando ele terminou ela tomou a esponja das mãos de Caio e retribuiu o gesto. Ele fechou os olhos e desfrutou cada toque da esponja, que era segurada por aquelas mãos tão delicadas.

Terminaram o banho, deixaram o box, se secaram e voltaram para a cama. Precisavam dormir, Bia olhou o relógio na cabeceira da cama e viu que já eram 04:20 da manha. Estava exausta. Aconchegou-se sobre o peito de Caio, que a abraçou e adormeceram, sentindo o suave perfume que ficara em seus corpos e os embalava para um sono profundo, cheio de carinho, luxúria e algo mais, que ambos tinham medo de descobrir o que era.


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Está aí! Divirtam-se!

Perguntas e duvidas em:

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Obrigada por tudo
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