CAPÍTULO 6 – UMA ADORÁVEL
SURPRESA
Caio foi deixando uma trilha de
beijos sobre os ombros de Beatriz, a beijou nos lábios e perguntou:
- Banho¿
Ela passou as mãos sobre os
cabelos dele, que estavam magistralmente desalinhados e com um sorriso
respondeu:
- Sim! Eu adoraria.
Levantaram da cama, Caio retirou a camisinha e
deu um nó na ponta, foram até o banheiro, onde ele a descartou na lixeira. Bia
remexeu os armários e tirou de lá duas toalhas brancas e felpudas, entregou uma
a Caio e virou-se para ligar o chuveiro. Regulou a água para que ficasse numa
temperatura agradável e entrou.
Caio entrou logo em seguida, abraçou
Bia e ambos passaram a dividir o jato de água quente.
Ficaram ali naquele abraço alguns
minutos, felizes com aquela sensação de plenitude pós-coito, até que
inesperadamente ele a empurrou até a parede do outro lado do box e a beijou
intensamente, o corpo de Beatriz correspondeu ao dele na mesma intensidade.
-Meu Deus, eu quero muito você de
novo, mas se começarmos, temo que amanhã nenhum de nós conseguirá ir trabalhar,
pois não pretendo deixa-la dormir.- Caio falava enquanto mordia e beijava o
pescoço de Beatriz.
- Eu também quero você, mas
realmente não posso faltar sem ter completo uma semana no Cucina Dolce e iriam
desconfiar se faltássemos os dois depois do que aconteceu na boate.- Ela estava
sem fôlego, o que ele estava fazendo com ela¿ Porque sentia aquela necessidade
tão grande de tê-lo perto dela,
senti-lo, abraça-lo¿
Estava confusa com aquele
sentimento, tinha medo do que viria pela frente se não sufocasse o que estava
martelando em seu peito.
Já havia se entregado uma vez por
completo e se arrependia daquilo todos os dias. Havia perdido algo precioso
demais e jamais se perdoaria por não ter reagido, ter deixado que fizessem
aquilo com ela, ter sido fraca. Tinha prometido a si mesma que jamais se
apaixonaria, ela tomaria as rédeas da própria vida e não deixaria ninguém
atravessar aquela barreira que ela havia construído em cima de toda aquela dor.
Resolveu não pensar em tudo
naquele momento, poderia apenas desfrutar e analisar a situação toda mais tarde,
quando estivesse sozinha.. – É só uma transa, não tem nada demais, dois
adultos, com afinidade sexual e muito tesão um pelo outro –
Caio estava remoendo sua
discussão com Joana mais cedo e tinha que admitir, ela poderia estar certa. Talvez
ele realmente gostasse de Beatriz.
Lembrou de como ela ficara
furiosa, quando estavam na cama, se beijando, ele tirando a roupa dela,
passando a mão por seu corpo e chamando o nome de Beatriz por engano. Ele nem
percebeu o que havia feito, mas ela não deixara escapar.
E por aquela distração boba seu
relacionamento estável e seguro (cada um no seu canto) havia terminado aquela
tarde.
Desde que vira Beatriz pela
primeira vez, quando ela esbarrou nele na frente do Cucina Dolce ele havia
sentido muita atração por ela, aqueles olhos azuis o tinham deixado sem ar
naquele breve encontro.
E qual não foi sua surpresa ao encontra-la
em frente a sua porta a noite e, no outro dia no restaurante. Só podia ser
destino! Mas ele nunca acreditara nessas coisas. O que estava fazendo¿ Por que
se sentia assim, tão inseguro com aquilo tudo, parecia que tudo estava saindo
de controle e ele nunca deixava que isso acontecesse. Caio começou a ter medo.
Resolveu esquecer, e se preocupar
com aquilo quando estivesse sozinho, porque parado ali, na frente dela, sua
mente se esvaziava e ele só conseguia pensar não várias maneiras que queria
tê-la em seus braços, em sua cama.
Ele pegou a esponja, colocou o
sabonete liquido que ela usava, que cheirava a flores, o perfume que sentia em
todos os lugares desde que a conhecera, e começou lavá-la. Braços, pernas,
barriga, seios, nádegas, o meio das coxas. Era tudo tão íntimo, tão sensual,
ela se sentia livre, desejada. E adorava aquilo.
Quando ele terminou ela tomou a
esponja das mãos de Caio e retribuiu o gesto. Ele fechou os olhos e desfrutou cada
toque da esponja, que era segurada por aquelas mãos tão delicadas.
Terminaram o banho, deixaram o
box, se secaram e voltaram para a cama. Precisavam dormir, Bia olhou o relógio
na cabeceira da cama e viu que já eram 04:20 da manha. Estava exausta.
Aconchegou-se sobre o peito de Caio, que a abraçou e adormeceram, sentindo o
suave perfume que ficara em seus corpos e os embalava para um sono profundo,
cheio de carinho, luxúria e algo mais, que ambos tinham medo de descobrir o que
era.
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Está aí! Divirtam-se!
Perguntas e duvidas em:
http://ask.fm/livrofascinio
Obrigada por tudo
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