Pegaram a rodovia e seguiram rumo
ao interior, rodaram por cerca de 20 minutos até entrarem em uma estradinha de
chão, em mais 15 minutos de viajem, chegaram a um mirante, que ficava escondido
atrás de algumas árvores à margem da estrada.
Desceram da moto e ele a puxou
entre os galhos das arvores, afastando-os do caminho e a conduziu até a ponta
do mirante, ficando atrás dela e segurando a cerca que ficava na beirada, para
evitar que curiosos se aproximassem muito do fim do precipício.
Beatriz ficou admirada com a
beleza do que viu, abaixo do mirante havia uma série de estradinhas de terra,
todas conectadas umas às outras por um complexo emaranhado de curvas e desvios,
ao final quando todas estavam ligadas á uma estrada principal, cerca de 20
metros à frente da junção, havia um descampado, com muitas flores e árvores, e ao fundo uma enorme cachoeira, linda, que
corria por toda a extensão daquele terreno e sumia mais à frente em uma curva. Tudo
era muito bem iluminado, ela podia enxergar centenas de metros além de onde
estava.
Beatriz girou nos braços de Caio
para poder olhar para ele, sorriu e disse:
- Esse lugar é lindo!
- Eu sei, sempre venho aqui
quando preciso pensar, mas nunca tinha vindo acompanhado. – Ele olhou para Bia e
sorriu, erguendo os cantos da boca, uma
das sobrancelhas e parecendo incrivelmente malicioso daquele jeito.
Bia desviou o olhar e corou, agradeceu
mentalmente por ser noite e seu rubor não ficar evidente.
- Podemos ir pra casa¿ Estou
cansada e amanhã o dia promete ser agitado no restaurante. – Bia falava a
verdade estava exausta e os saltos a estavam matando, também tinha frio, apesar
de usar uma jaqueta de couro sobre seu vestido. Caio percebeu que ela tremia e a
abraçou com um pouco mais de força.
- Sim, vamos você tem razão. –
Caio pegou a mão de Beatriz e a conduziu novamente até a moto, montou, ajudou-a a subir e partiram.
Chegaram logo ao prédio, Bia
nunca havia andado de motocicleta e adorara a experiência, sentir o vento no
rosto, o ar gelado da noite, a velocidade e a sensação do perigo eminente, a deixaram excitada e misteriosamente feliz.
Caio estacionou a moto na sua
vaga na garagem e seguiram abraçados rumo ao elevador. Quando as portas se
fecharam o clima entre os dois mudou, passou de leve com toque de romantismo a
pesado, cheio de desejo. Caio olhou para Bia, que suspirou profundamente e
mordeu o lábio inferior.
- Meu Deus Bia! – Ele apertou o
botão do freio, parando o elevador, a
agarrou pela cintura e a encostou na parede, prendendo o corpo da garota com o
seu, começou a beijar-lhe o canto a boca, fez um rastro de suaves beijos até o
pescoço e desceu até o colo, Bia inclinou a cabeça para trás e projetou o corpo
para frente, Caio imediatamente soltou a cintura da garota para poder por as
mãos sobre os seus seios, ambos gemeram de prazer com o contato, mesmo que
sobre as roupas.
Ainda acariciando os seios dela
ele aprisionou-a com um beijo cheio de desejo, movimentando sua língua por toda
a extensão da boca de Beatriz, em movimentos lentos e sensuais. Mordeu seu
lábio inferior e sugou-o com a força necessária para que ela estremecesse de
desejo.
Beatriz estava confusa, queria
parar, não queria entregar-se daquela forma, tão rapidamente, mas parecia que
sua mente havia fugido e a deixado ali sem defesas contra aquele homem sedutor.
- Caio, por favor, pare. – Ela
conseguiu arquejar, afastando as mãos dele dos seus seios.
- Por que¿ O que foi¿ - Ele
afastou-se dela e passou a mão pelos cabelos, parecia frustrado.
- Eu, eu não posso. – Ela
balançava a cabeça tentando reorganizar as ideias.
- Você não quer¿ - Ele a fitava
com uma expressão séria no rosto.
-Não é isso, eu só acho que é
cedo demais, mal nos conhecemos e tem coisas sobre mim que você não sabe e que
talvez interfiram.- Bia ficara nervosa, não queria lembrar daquilo agora, sabia
que estragaria seu momento, mas as marcas estavam bem ali, só esperando para
serem descobertas e quando isso acontecesse, ela teria que revelar seu segredo.
- Então não pense demais Beatriz,
não pense, apenas viva esse momento, não deixe que nada estrague isso.- Ele
segurava suas mãos nas dele e a olhava
de uma forma que a fez pensar que ele talvez tivesse razão, deveria viver aquele momento, se permitiria ser feliz, nem
que fosse por uma noite, com aquele homem que ela desejava.
Beatriz apertou o botão e o
elevador voltou a subir, apitando ao chegar ao terceiro andar. Saíram e ele a acompanhou
até a porta do apartamento.
- Quer entrar e tomar mais uma
taça de vinho¿ - ela olhou Caio e sorriu, queria que ele ficasse mais com ela,
se sentia segura perto dele e muito feliz, de uma forma que ela não sabia explicar,
apenas sentia e gostava daquela sensação de frio na barriga que a presença dele
lhe causava.
-Você quer que eu entre¿ - Ele
tinha uma expressão confusa no rosto.
- Quero. – ela lhe respondeu com
sinceridade, abriu a porta do apartamento, segurou a mão de Caio e o puxou para
dentro.
Não houve taça de vinho, ao
entrarem no apartamento, Caio puxou Beatriz para um beijo, que se tornou
lascivo e sensual como o que haviam trocado no elevador, Beatriz o deixava
passar as mãos sobre seus seios, sua barriga, suas nádegas, ela acariciava lhe
os cabelos, puxando-os, descia as mãos pelos ombros e sentia a musculatura
firme do peito dele.
Ele não a largou enquanto a
conduzia, vagarosamente, em direção ao quarto, adentraram o cômodo, e ele
pôs-se a abrir lentamente o zíper do vestido dela, enquanto Beatriz lhe
desabotoava a camisa.
Caio tirou o vestido por sobre os
ombros de Beatriz e ele caiu com a leveza de uma nuvem a seus pés. Ele
mordiscava e beijava-lhe os ombros suavemente enquanto ela deixava a camisa
dele cair no chão. Ele afastou-se para olhar para ela. Lambeu os lábios ao
admirar Beatriz naquela maravilhosa combinação com os sapatos que tanto lhe
chamaram a atenção. Ela corou, ele sorriu e se aproximou dela novamente. Passou
os braços ao redor dela e passou a dar lhe beijos no pescoço e leves
mordiscadas na orelha enquanto abria os fechos do espartilho um a um.
Caio Pegou a peça e a atirou ao
chão, deixando os seios de Beatriz à mostra, ficou impressionado em como tinham
o volume e o tamanho que ele gostava, cabiam perfeitamente em suas mãos, eram
firmes, com bicos rosados, que endureceram o seu toque. Ela arquejou,
afastou-se e falou:
-Com licença, eu já volto! –
Virou-se e caminhou até o banheiro, precisava usar o toalete, pois estava se
segurando desde que saíra da boate.
Beatriz esquecera porém que ao
permitir que Caio despisse-a da cintura para cima, deixara a mostra sua
tatuagem, uma das marcas de seu passado e que agora ele fitava boquiaberto.
-Anjo! – Ele pronunciara as
palavras em voz alta sem pensar, ao vislumbrar as enormes asas tatuadas nas
costas de Beatriz.
Bia parou de andar imediatamente
e um arrepio lhe subiu pelas costas ao
lembrar daquelas palavras sendo pronunciadas por uma voz que ela não queria
lembrar. Caio percebeu que ela estremecera, se aproximou e tocou o braço de
Beatriz.
- Você está bem¿ - Ele não estava
entendendo a reação dela, o que aquilo significava.
- N-não me chame assim, nunca
mais!- Bia olhou pra trás e viu Caio, com uma expressão de preocupação no rosto,
com vincos se formando ente suas sobrancelhas.
- O que está acontecendo¿ Eu não
entendo, preciso que você me explique.
- Nada, eu, eu preciso ir ao
banheiro, Beatriz não conseguiu conter um soluço que escapou de sua garganta,
desvencilhou-se de Caio e correu ao toalete, trancando a porta ao entrar.
Caio tentou alcança-la mas não
conseguiu, resolveu sentar-se na cama e esperar até que ela saísse para
conversarem.
Bia encostou-se na porta no
banheiro e deixou as lágrimas rolarem livremente, há muito tempo guardava
aquelas lágrimas, não havia se permitido chorar em nenhum momento desde que
tudo acontecera mas agora sentia necessidade daquilo.
Ficou ali sentada tentando se
recompor até que seu corpo a fez lembrar o motivo pelo qual dera as costas a
Caio, usou o toalete, lavou as mãos e o rosto e decidiu sair do banheiro, devia
explicações ao rapaz, isso se ele já não tivesse ido embora.
Respirou fundo, destrancou a
porta e saiu, encontrou Caio sentado em sua cama, sem camisa, esperando por
ela.
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